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Operações Empresariais

Barbados pede voo direto ao Brasil para transporte de cargas

3 out 2013 - 07h37
(atualizado em 7/10/2013 às 09h58)
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De Barbados, a ilha mais ao leste do Caribe, o Brasil compra cimentos, pigmentos e caulim - um minério utilizado na fabricação de papel, cerâmica e tintas. Daqui pra lá, os brasileiros vendem madeira, conservas de carne e cerâmica.

Em 2012, foram movimentados US$ 16 milhões nas trocas do Brasil com o país cuja moeda é o dólar barbadense e vale US$ 0,50. O valor ainda é baixo para nações que ficam a apenas seis horas um do outro de avião. Por isso, no mês de setembro, uma delegação de autoridades governamentais e empresários de Barbados esteve no Brasil para estreitar os laços comerciais. A ministra de Relações Exteriores e Comércio Exterior de Barbados, Maxine McClean, solicitou que companhias aéras sejam autorizadas a operar com transporte direto de cargas entre os países.

Atualmente, apenas o transporte direto de passageiros é permitido, saindo de Guarulhos e operado semanal e exclusivamente pela companhia Gol. O transporte de cargas, até agora, é operado majoritariamente via Miami, nos Estados Unidos.

A embaixadora de Barbados no Brasil, Yvette Goddard, ainda não sabe dizer com precisão quando o transporte direto de cargas começará a funcionar, pois por enquanto o pedido representa apenas um interesse de Barbados e depende da cooperação dos empresários e autoridades do Brasil para tornar-se realidade. Segundo a embaixadora, Barbados e Brasil já têm relações econômicas há anos, mas a nova operação seria uma forma de ampliar as exportações e importações de insumos de ambos os países. Para a ministra McClean, a operação seria, também, uma forma de ampliar as trocas bilaterais com as demais ilhas do Caribe.

Produtos

O total de produtos exportados para Barbados em 2012 garantiu ao Brasil US$ 16.197.528. Até agosto de 2013, o País havia recebido US$ 10.889.242 com os insumos exportados - quase o mesmo valor do mesmo período no ano passado, que foi de US$ 10.298.214. Neste ano, os brasileiros atraem o olhar do país caribenho principalmente pela madeira e por conservas de bovinos - que representaram, respectivamente, US$ 1.953.966 e US$ 1.529.623. Em seguida, vêm cerâmicas, arroz e papéis, que juntos acomularam US$ 2.117.761. Além destes insumos, o Brasil também exporta para Barbados portas e móveis de madeira, peças para tratores e carros, motores a diesel e frutas, entre outros.

O Brasil depende menos do país caribenho do que o contrário. Até agosto de 2013, os brasileiros importaram apenas US$ 504.057 no ano, metade do valor importado no mesmo período do ano passado, que ficou em US$ 1.032.959. O total importado de Barbados em 2012 foi de US$ 1.392.534. O caulim é o principal produto importado, e fez o Brasil gastar, neste ano, US$ 179.208. Cimento e pigmentos estão praticamente empatados em segundo lugar - somando US$ 137.182. De Barbados, o Brasil também importa sementes e frutos, álcool etílico, resistências elétricas, corantes e peças para aviões e helicópteros.

Durante a visita no Brasil, os representantes de Barbados também propuseram a transferência de tecnologias brasileiras que possam ser adaptadas à realidade do país caribenho e aplicadas em menor escala, em áreas como angronegócio e farmácia.

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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