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Operações Empresariais

Agência CVC abre capital e busca colocação no exterior

21 nov 2013 - 07h36
(atualizado às 07h36)
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Com o início das negociações de suas ações previsto para 9 de dezembro, a agência de viagens CVC pode chegar a até R$ 1 bilhão na sua oferta inicial. O preço sugerido para seu IPO é de R$ 18 a R$ 22 e será fixado em 5 de dezembro, quando as intenções de investimento estarão coletadas. Entre 22 e 25 de novembro, acontecem as reservas para pessoas vinculadas e, até 4 de novembro, para demais investidores.

Sob o código CVCB3, a agência oferecerá ao menos 33.750.000 de ações ordinárias na Bovespa. Desde 2009, a empresa tem 63,6% vinculada ao fundo de investimento americano Carlyle. A operação da CVC na bolsa pode contar com colocação no exterior, comandado pelo Itaú BBA e com participações dos norte-americanos Bank of America Merrill Lynch, JPMorgan e Morgan Stanley e do BTG Pactual.

Segundo o vice-presidente de Relações Internacionais da Associação Brasileira de Agências de Viagens, Leonel Rossi Jr, a abertura de capital da CVC pode indicar uma possível venda da empresa em um futuro próximo. A empresa já havia tentado entrar no mercado de ações em 2011, mas suspendeu a oferta. A entrada na Bovespa demonstra a grandeza e a força da companhia - líder na venda de pacotes de viagem do país -, afirma Rossi Jr, que vê com bons olhos a iniciativa. Para ele, é pouco provável que outras agências sigam o mesmo caminho: “Há várias empresas bem posicionadas no mercado, mas, daí, até se fazer um IPO demora”.

Outros casos

A CVC não é a única agência de viagens que conta com a participação de empresas estrangeiras. A Alatur, por exemplo, vendeu 47% de suas operações à centenária companhia japonesa JTB em agosto. Mesmo assim, nenhuma das agências tem um investimento estrangeiro tão significativo quanto à CVC. Segundo Rossi Jr, a entrada da Carlyle não modificou fortemente o setor no país.

A CVC é hoje a operadora de turismo com maior valor de reservas contratadas, segundo a consultoria Euromonitor. Em 2012, elas totalizaram aproximadamente R$ 4 bilhões. São mais de mil destinos nacionais e internacionais para onde viajaram, somente no ano passado, mais de 3 milhões de passageiros. A empresa responde por 11,4% dos gastos realizados com viagens de lazer no Brasil em 2012, quando sua receita foi de R$ 457,6 milhões, com lucro líquido de R$ 71,8 milhões. Devido à “Lei de silêncio” - recomendada pela Comissão de Valores Mobiliários no período que antecede a chegada das ações à bolsa -, a agência não comentou sua entrada no mercado de ações.

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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