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OCDE: usinas nucleares antigas não devem passar em testes

14 set 2011 - 11h06
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<br/><br />Reatores nucleares na Europa com mais de 40 anos de operação poderão ser fechados, dependendo dos resultados de um amplo teste de estresse no continente. O fechamento poderá ser necessário diante dos custos de segurança adicionais que tornarão os sistemas muito caros para continuarem operando.<br /><br />"Acredito que teremos poucos reatores nos quais as decisões possam ser contestadas. No final, será exclusivamente uma decisão econômica", disse o presidente da Agência de Energia Nuclear da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Ron Cameron, em entrevista, nesta quarta-feira.<br /><br />Reguladores europeus ordenaram um amplo teste de estresse nas usinas nucleares após o acidente em Fukushima, no Japão, em março, que inclui testes do impacto de uma queda de avião, algo que não foi considerado nos testes que ocorreram nos Estados Unidos. "É a adição desse ponto, sobre a aeronave, que deixaram os testes muito mais desafiadores", disse. A publicação dos resultados preliminares deve ocorrer na quinta-feira.<br /><br />A Grã-Bretanha é um dos poucos países europeus com um ambicioso novo programa nuclear, com seis novos reatores planejados até 2025. A EDF Energy, subsidiária da francesa EDF, planeja construir quatro reatores no Reino Unido, sendo que o primeiro tem entrada em operação estimada para 2018. Entretanto, o acidente em Fukushima adiou a programação, devido a atrasos regulatórios, e Cameron considera que a entrada em operação do primeiro reator dos novos planos da EDF no Reino Unido em 2020 é um prazo difícil. A EDF Energy disse que anunciará a nova data revisada durante o outono do hemisfério norte.<br /><br />O sistema de fornecimento de energia de back-up para resfriamento dos geradores nas usinas nucleares também levanta preocupações do setor. A falha desse sistema foi a principal razão para o derretimento de combustível em reatores de Fukushima.<br /><br />Custos adicionais para garantir o sistema back-up de fornecimento de energia de emergência deverão aumentar a conta de investimentos em construção entre 5% e 10%, segundo Cameron.

Fonte: Invertia Invertia
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