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Novo ministro da Fazenda defende equilíbrio do gasto público

Joaquim Levy ponderou que o corte de despesas se dará “sem pacotes” ou “surpresas”

27 nov 2014 - 17h05
(atualizado às 17h23)
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<p>Joaquim Levy confirmado para assumir o Ministério da Fazenda, concede entrevista coletiva durante anúncio da nova equipe econômica do governo, no Palácio do Planalto, em Brasília, nesta quinta-feira</p>
Joaquim Levy confirmado para assumir o Ministério da Fazenda, concede entrevista coletiva durante anúncio da nova equipe econômica do governo, no Palácio do Planalto, em Brasília, nesta quinta-feira
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

Anunciado para suceder Guido Mantega no Ministério da Fazenda, Joaquim Levy defendeu nesta quinta-feira o equilíbrio das contas públicas com corte de despesas e a prioridade no cumprimento da meta fiscal do governo, mas “sem pacotes” ou “surpresas”. O escolhido pela presidente Dilma Rousseff, que não assumirá a pasta de imediato, anunciou uma meta de superávit de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015 e pelo menos 2% nos anos seguintes. 

“Há algumas coisas que vêm sendo discutidas, se diminuir despesas, mas acho que a capacidade de cooperação devem sempre estar levando, sem pacotes, sem nenhumas grandes surpresas. É claro que temos que olhar todas as despesas possíveis, e a gente vai usar na sua dose imediata. Seria precipitado dar um novo recetuário agora”, disse, em entrevista coletiva ao lado de Nelson Barbosa, confirmado para o Planejamento, e de Alexandre Tombini, que continuará no Banco Central.

Sobre o superávit primário, Levy disse que a meta de 2016 e 2017 não poderá ser inferior a 2%. A meta deste ano é de 1,9% do PIB, mas o governo apresentou um projeto no Congresso para aumentar a margem de abatimento com investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e desonerações, o que permite uma economia menor. "A meta de superávit primário para 2016 e 2017 não será menor que 2% do PIB. Alcançar essas metas é fundamental para o equilíbrio financeiro", disse. 

Questionado se os programas sociais poderiam ser prejudicados com o corte de despesa, Levy ressaltou que o equilíbrio da economia ajuda a consolidar o avanço social. Durante a campanha, a presidente Dilma Rousseff criticou os adversários por defender uma política austera que poderia afetar o emprego dos brasileiros e os programas sociais.

“O equilíbrio da economia é feito para a gente consolidar o avanço social que a gente alcançou. O equilíbrio existe para a gente ter uma politica de maneira sólida, consistente”, disse.

O raciocínio foi endossado pelo futuro colega, Nelson Barbosa. “A continuidade das políticas de inclusão social depende da estabilidade econômica. Não acho que as duas coisas são contraditórias”, acrescentou.

Inflação

Em seu pronunciamento após ser confirmado no Banco Central por mais quatro anos, Alexandre Tombini disse que continuará trabalhando para convergir a inflação para o centro da meta, de 4,5%. “O BC tem sinalizado que não será complacente com a inflação, de modo a garantir um cenário de convergência para o centro da meta num horizonte para a política monetária”, disse.

"Confiança"

Perguntado se teria ganhado autonomia da presidente Dilma Rousseff para avançar em suas ideias econômicas, Levy disse que a questão vai se responder no decorrer dos trabalhos, mas ressaltou que a mandatária tem confiança na equipe que escolhe. "Essa questão vai se responder de uma meneira muito tranquila. Dizer uma coisa ou outra agora não faz sentido, porque ela não vai se responder. Com a equipe escolhida, há uma confiança", disse.

Fonte: Terra
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