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Nobel de Economia vai para professor britânico Angus Deaton

Economista britânico foi laureado por sua "análise sobre consumo, pobreza e bem estar", anunciou a Real Academia de Ciências da Suécia.

12 out 2015 - 08h30
(atualizado às 11h07)
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O Prêmio Nobel de Economia de 2015 foi para Angus Deaton, economista britânico e professor na Universidade de Princeton, nos Estados Unidos. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (12) pela Real Academia de Ciências da Suécia. Segundo o júri, Deaton foi premiado por sua "análise sobre consumo, pobreza e bem estar".

Foto: EFE

"Para desenvolver uma política econômica que promova o bem-estar e reduza a pobreza, devemos primeiro compreender as escolhas individuais de consumo", disse a academia ao anunciar o prêmio. "Mais do que ninguém, Angus Deaton tem aprimorado esse entendimento."

"Ao enfatizar os vínculos entre decisões individuais de consumo e os resultados para toda a economia, seu trabalho tem ajudado a transformar microeconomias, macroeconomias e economias em desenvolvimento", acrescentou a Real Academia.

Deaton foi homenageado por três conquistas: desenvolver, ao lado do colega John Muellbauer, em 1980, um sistema para estimar a demanda por diferentes bens; estudar o vínculo entre consumo e renda nos anos 1990; e desenvolver um trabalho nas últimas décadas a fim de medir o padrão de vida e a pobreza nos países em desenvolvimento, com ajuda de pesquisas em domicílio.

Em conversa por telefone com jornalistas presentes na sede da Real Academia, em Estocolmo, o economista falou sobre sua esperança de que a pobreza continue diminuindo, mas afirmou que seu otimismo não é "cego". Ele disse ainda estar muito feliz por ter sido laureado e, principalmente, pela escolha do comitê do Nobel em premiar um trabalho dedicado às pessoas pobres do mundo.

Nascido na Escócia em 1945, Deaton é também cidadão dos EUA, onde leciona Economia e Assuntos Internacionais na Universidade de Princeton desde 1983. Ele receberá o prêmio em uma cerimônia em Estocolmo, na Suécia, em 10 de dezembro, aniversário de morte do criador da premiação, Alfred Nobel.

O prêmio de Economia é o único Nobel que não remonta ao testamento de Alfred Nobel. Denominado oficialmente Prêmio de Ciências Econômicas do Banco Real da Suécia em Memória de Alfred Nobel, foi criado em 1968 pelo Banco Central sueco para comemorar seu tricentenário e concedido pela primeira vez em 1969. As demais categorias são laureadas desde 1901.

No ano passado, o vencedor foi o francês Jean Tirole por suas pesquisas sobre o poder de mercado e regulação. Na ocasião, o comitê citou o professor da Universidade de Toulouse como "um dos economistas mais influentes de nosso tempo". Foi a primeira vez desde 1999, quando venceu o canadense Robert Mundell, em que o homenageado não foi um americano.

O anúncio desta segunda-feira foi o último dos seis prêmios Nobel laureados anualmente. Na semana passada, uma das homenagens mais aguardadas, o Nobel da Paz, foi para o Quarteto para o Diálogo Nacional na Tunísia, por sua contribuição decisiva para criar uma democracia plural no país norte-africano após a Primavera Árabe.

EK/rtr/ap/dpa/afp

Quarteto para o Diálogo na Tunísia leva Nobel da Paz:
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