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Negociações salariais com aumento real crescem em 2014

Na primeira metade do ano, 93,2% dos acordos tiveram ganho real sobre a inflação calculada pelo INPC

21 ago 2014 - 15h09
(atualizado às 15h19)
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O percentual médio de aumento entre janeiro e junho deste ano foi de 1,54%
Foto: Thinkstock

O número de negociações salariais fechadas no primeiro semestre deste ano e que tiveram reajuste superior à inflação aumentou. Na primeira metade do ano, 93,2% dos acordos tiveram ganho real sobre a inflação calculada pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), de acordo com levantamento divulgado nesta quinta-feira pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Em 2013, o percentual de acordos com reajuste superior à inflação foi de 83,5%. O resultado deste ano só fica atrás do de 2012, quando 95,6% das negociações acabaram com aumentos maiores do que o índice de preços.

Somente 2,6% das negociações na primeira metade deste ano tiveram resultados que não conseguiram repor as perdas inflacionárias.

O percentual médio de aumento entre janeiro e junho deste ano foi de 1,54%, o terceiro melhor desde que o Dieese começou a acompanhar em 2008 os acordos realizados por 340 categorias trabalhistas da indústria, comércio e setor de serviços.

Somente os anos de 2010 (1,57%) e 2012 (2,15%) tiveram percentuais melhores. No ano passado, o aumento médio tinha sido de 1,08% sobre a inflação.

Calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o INPC é o indicador mais utilizado como referência nos processos de negociação coletiva.

Setores

De acordo com o levantamento, 93% das negociações envolvendo trabalhadores da indústria e do setor de serviços tiveram acabaram com aumentos acima do INPC. No comércio, o percentual atingiu 96% dos acordes.

Na indústria, o percentual médio de aumento verificado neste ano (1,55%) ficou abaixo apenas dos registrados em 2012 (2,17%) e 2010 (1,59%).

No caso do comércio, o percentual médio no primeiro semestre de 2014 (1,57%) foi o segundo melhor da série histórica, atrás apenas de 2012, quando a média dos reajustes foi de 2,05%.

Já o setor de serviços teve, em média, aumento de 1,51% na primeira metade deste ano – somente abaixo dos verificados em 2010 (1,61%) e 2012 (2,15%).

Fonte: Terra
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