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Na era digital, empresas lucram com revelação e fotoprodutos

31 jul 2012 - 09h02
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O fim das câmeras analógicas e dos filmes pode ter levado para o buraco alguns ícones da fotografia, como a Kodak, mas não significou o fim dos serviços fotográficos. Pelo contrário, com o advento das máquinas digitais e celulares com câmeras potentes, cada vez mais se fotografa. De olho nesse movimento, empresas têm lucrado com revelação de fotos digitais e com os chamados fotoprodutos - uma infinidade de objetos que vai desde canecas até livros personalizados.

O carro-chefe da Revelaweb são as revelações de fotos digitais, que correspondem por 60% do negócio. Mas os clientes cada vez mais se interessam por outros produtos, como canecas, quebra-cabeças e sacolas
O carro-chefe da Revelaweb são as revelações de fotos digitais, que correspondem por 60% do negócio. Mas os clientes cada vez mais se interessam por outros produtos, como canecas, quebra-cabeças e sacolas
Foto: Divulgação


Dados da Fotografar 2012 - maior feira do setor, que este ano aconteceu em abril - mostram que as câmeras digitais estão na lista dos três objetos de desejos mais cobiçados em datas especiais do comércio.



"Em 2011, a venda dessas câmeras cresceu 17% no Brasil, enquanto a média mundial foi de 4%", afirma Patrick Paulisch, sócio-proprietário da alemã Fotofeliz, que começou a operar no País no ano passado. A empresa, que atua somente com e-commerce, oferece os serviços de revelação, fotolivro, fotocolagem, calendários, cartões personalizados e pôsteres.



Patrick explica que, durante os estudos de viabilidade do negócio no Brasil, ele descobriu que o País está na lista dos locais em que as pessoas mais tiram fotos. "Não é à toa que o brasileiro é o mais ativo no Facebook, rede social na qual uma das funções principais é compartilhar álbuns", diz.



A revelação das fotos digitais é a porta de entrada do consumidor que compra os produtos do segmento. "Ele se inicia com a revelação, mas logo percebe as vantagens dos fotoprodutos, que ajudam na preservação das memórias e no compartilhamento das fotos com familiares e amigos", afirma Patrick.



Revelaweb

Os sócios André Biscegli e Eduardo Carvalho decidiram, em 2005, que queriam abrir uma empresa de e-commerce. A escolha pelo segmento de fotos veio depois do estudo de um site americano."¿Optamos por esse mercado justamente porque estava em curso a transição do modelo analógico para o digital. Imaginamos que quem já estava no setor tradicional poderia levar um tempo para se adaptar e entramos nessa brecha", conta Eduardo.

A impressão de que as fotos digitais são menos relevadas é legítima, diz André, mas a volume com que são tiradas é muito maior do que quando comparadas às fotos analógicas.

O carro-chefe da empresa são as revelações, que respondem por 60% do negócio. "Hoje, o e-commerce voltado para a fotografia é uma realidade e as pessoas têm buscado personalização, já que a foto digital é facilmente transportada para outros meios, como canecas, quebra-cabeças e sacolas", diz Eduardo.

A empresa revela, em média, 2 milhões de fotos por mês. No ano passado, faturou R$ 5 milhões - em 2010 esse número foi de R$ 1,5 milhão. "O salto aconteceu pelo crescimento natural do e-commerce e do mercado de fotografias e também porque passamos a agregar maior valor ao produto", explica André.

O próximo passo da Revelaweb é começar a operar um aplicativo de revelação de fotos. O usuário capta a imagem com o smartphone e já consegue acessar o sistema de pagamento do site. Depois, recebe o produto em casa. A novidade deve ser lançada ainda neste ano.

Fonte: Cross Content
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