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Na compra de imóveis para investimento, é preciso barganhar

21 nov 2012 - 07h36
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A compra de imóveis como investimento, um das mais antigas formas de aplicar dinheiro, segue em alta no País. Rio de Janeiro e São Paulo são alguns dos estados onde a demanda é maior em relação à oferta, por isso, ainda vale a pena comprar. "Hoje já passou a euforia, as vendas estão boas, mas mais baixas, é um bom momento para barganhar descontos e condições de pagamento", afirma José Diniz, sócio-diretor de investimentos imobiliários da Rio Bravo. Além da compra do imóvel, há a alternativa de investir em fundos imobiliários. Opção desde 1996, ganhou popularidade a partir de 2008, quando os fundos passaram a ser isentos de impostos, segundo com Diniz.

Regiões com terrenos vagos e facilidade em aprovar projetos junto à prefeitura tendem a ter maior oferta de imóveis
Regiões com terrenos vagos e facilidade em aprovar projetos junto à prefeitura tendem a ter maior oferta de imóveis
Foto: Getty Images

De acordo com ele, a partir do Plano Real, nos anos 90, a compra de imóveis passou a ser um bom investimento, rendendo acima da inflação. Hoje, os imóveis estão se valorizando muito, com o aumento da quantidade de residências e salas comerciais vagas, o risco cresce. "Pelo boom imobiliário em 2007, aumentaram os investidores estrangeiros e um número grande de incorporadoras estão entregando produtos ao mesmo tempo. Enquanto você coloca para locar, tem mais uns 20 vagos", afirma. Antes de comprar imóveis, Diniz ressalta a necessidade de prestar atenção à vizinhança. "Onde tem muito terreno vago e é fácil aprovar projetos, no sentido do processo ágil da prefeitura, pode ter uma super oferta", explica. Alguns nichos estão afetados e com preços altos, como condomínios de luxo e salas comerciais pequenas, pois muitas estão sendo entregues ao mesmo tempo.

Como é preciso pagar 27,5% do aluguel recebido quando se investe na compra de imóveis visando rendimentos, e o fundo imobiliário é isento de imposto de renda - não é preciso pagar imposto sobre o valor pago pelo fundo, paga-se apenas 20% sobre a sua valorização -, o fundo tornou-se popular, segundo Diniz. Tal investimento, para ele, é mais seguro, devido à diversificação de carteira, além de ser regulado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), seguindo regras bastante restritas. Outro fator positivo apontado pelo sócio-diretor da Rio Branco é que, com a compra de imóveis, é preciso vender a propriedade inteira e pagar 6% para o corretor para obter liquidez, já com o fundo é possível vender apenas as cotas equivalentes ao valor que se deseja em dinheiro, mantendo as restantes. Segundo Diniz, nos últimos 12 meses, os fundos renderam 30% em média, o que na avaliação dele, é um bom rendimento.

Antes de investir em imóveis, na compra para renda ou em fundos imobiliários, é importante conhecer o produto e entender os riscos. Sobre os fundos, Diniz faz um alerta. "Os produtos não são iguais e têm riscos diferentes. A rentabilidade tem sido muito parecida para produtos distintos, é importante comparar as opções".

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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