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Na Câmara, Levy diz que ajuste fiscal não prejudicará PIB

Ministro da Fazenda disse que o setor público precisa voltar a registrar poupança para estimular investimentos

29 abr 2015 - 14h05
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Para ministro da Fazenda, risco de o País perder o grau de investimento diminuiu
Para ministro da Fazenda, risco de o País perder o grau de investimento diminuiu
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

O ajuste fiscal posto em prática para organizar as contas públicas não prejudicará a economia, disse nesta quarta-feira o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defendendo as medidas adotadas pelo governo para fazer o País voltar a registrar superávit primário e defendendo arduamente a reversão parcial de desonerações tributárias.

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"O ajuste não vai atrapalhar o crescimento", afirmou ele em apresentação na audiência conjunta na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, acrescentando que é preciso fazer o ajuste para que a economia volte a crescer.

Levy disse que o risco fiscal é o maior de todos os riscos e que o setor público precisa voltar a registrar poupança para estimular investimentos.

Defendendo ações que revertam parcialmente as desonerações, o ministro informou que o total da renúncia tributária já atinge R$ 113 bilhões e que isso está afetando fortemente a arrecadação de impostos e contribuições deste ano.

"Isso é mais de sete vezes o Minha Casa Minha Vida", disse, argumentando que se esse impacto não for revertido o equilíbrio fiscal não será alcançado.

Mesmo com o duro ajuste fiscal adotado pelo governo, as contas públicas seguem deterioradas. O superávit primário feito pelo governo central ficou em R$ 1,464 bilhões em março, acumulando no ano economia fiscal de apenas R$ 4,485 bilhões.

A meta de superávit primário do setor público consolidado deste ano é de R$ 66,3 bilhões, equivalente a 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB). Desse total, R$ 55,3 bilhões é o objetivo traçado para o governo central.

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Levy voltou a dizer que o Brasil não pode perder o grau de investimento, uma vez que o selo das agências de classificação de risco ajudam o Brasil a atrair investimento estrangeiro.

Segundo ele, essa probabilidade diminuiu recentemente, após nova orientação para a política fiscal dada pela presidente Dilma Rousseff.

"Esse risco é menor do que quando eu cheguei ao governo."

Sobre o comportamento dos preços, Levy disse que a convergência da inflação para meta ajudará a reduzir a curva de juros de longo prazo e que os juros reais cairão no País, também, com o ajuste fiscal.

‘Levy é muito importante para o Brasil hoje’, afirma Dilma:
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