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Ministros europeus discutem novo pacote de ajuda à Grécia

19 jun 2011 - 08h28
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<br/>Ministros das Finanças da zona do euro dão início neste domingo, em Luxemburgo, a uma série de reuniões para discutir a crise da Grécia. Entre as prováveis soluções, está um segundo pacote de ajuda ao país, para evitar uma contaminação global. Os ministros deverão discutir ainda a aprovação do pagamento da quinta parcela do empréstimo de 110 bilhões de euros, aprovado no ano passado para estancar a dívida pública grega. Dos 12 bilhões de euros previstos para ser repassados no próximo dia 29, 3,3 bilhões devem vir do FMI - o resto sairá da União Europeia (UE). A Grécia vem sendo pressionada em relação às medidas de controle de gastos exigidas pelo FMI e pela UE como contrapartida ao pacote. Enquanto os cortes são extremamente impopulares no país, gerando protestos da população, autoridades europeias consideram que o governo não está se esforçando para implementar o plano. Caso a quinta parcela do pacote não seja aprovada, a Grécia corre o risco de decretar moratória de sua dívida, aumentando assim o custo dos empréstimos tomados por outros países europeus e levando a novos calotes, contaminando o sistema financeiro global.<b>Protestos</b><br>Enquanto isso, os gregos se preparam para um novo dia de protestos contra as medidas de controle dos gastos. Na próxima terça-feira, o Parlamento irá votar uma moção de desconfiança contra o novo gabinete, formado pelo primeiro-ministro George Papandreou.O correspondente da <I>BBC</i> em Atenas Chris Morris afirma que os gregos estão fartos de ouvir sobre "austeridade", "recessão" e "dívida". Segundo Morris, ninguém acredita que o pacote tenha aliviado os problemas do país. Muitos analistas se mostram céticos quanto à capacidade da Grécia para sair da crise, mesmo com mais um pacote de ajuda. Embora o governo diga que possa fazer isto, ele ainda deve convencer os gregos de que o esforço vale a pena, diz o correspondente da BBC.<b>Contaminação</b><br>Nesse sábado, o primeiro-ministro de Luxemburgo e diretor do grupo de ministros das Finanças da zona do euro, Jean-Claude Juncker, disse que a crise grega pode contaminar pelo menos outros cinco países europeus - incluindo Itália e Bélgica. Em entrevista ao jornal alemão <I>Süddeutsche Zeitung</i>, Juncker afirmou ainda que a Alemanha estava "brincando com fogo" ao propor que investidores privados participem da ajuda financeira à Grécia, além dos governos dos países da zona do euro. A chanceler alemã, Angela Merkel, pediu nesse sábado que os credores privados participem da ajuda à Grécia. Para Merkel, um novo pacote de resgate deve incluir um aporte "substancial" de bancos privados. "Temos novamente de mostrar solidariedade (a Atenas) e também de incluir credores privados", disse a chanceler, em Berlim. Na última sexta-feira, Merkel e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, fizeram uma demonstração conjunta de apoio ao resgate grego, o que acalmou os mercados financeiros.

Fonte: Invertia Invertia
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