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Ministro: governo se esforça contra racionamento de energia

Eduardo Braga esteve no programa Roda Vida, da TV Cultura, e falou sobre os desafios do Brasil

3 mar 2015 - 08h42
(atualizado às 09h09)
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<p>Em entrevista, ministro disse que é preciso que São Pedro ajude para que as chuvas aumentem o nível dos reservatórios das hidrelétricas</p>
Em entrevista, ministro disse que é preciso que São Pedro ajude para que as chuvas aumentem o nível dos reservatórios das hidrelétricas
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

O governo está trabalhando “de manhã, de tarde e de noite” para que não ocorra um racionamento de energia elétrica no Brasil, disse o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, em entrevista na noite de segunda-feira, acrescentando que espera a desoneração da geração solar distribuída para o lançamento de um novo programa.

No programa Roda Viva, da TV Cultura, Braga disse que tem feito duas reuniões semanais internas no ministério para monitorar a situação do abastecimento de eletricidade, além de conversas quinzenais com a presidente Dilma Rousseff sobre o assunto. A próxima reunião com a presidente está prevista para a manhã desta terça-feira.

“Estamos fazendo uma reunião com a presidente a cada 15 dias, apresentando plano A, plano B, plano C e plano D”, disse Braga, sem apresentar detalhes, mencionando que em fevereiro houve uma melhora nos reservatórios das principais hidrelétricas do País.

Durante a entrevista, Braga reconheceu que “é preciso que São Pedro ajude”, mas reiterou que o consumidor também precisa ajudar evitando o desperdício de energia. Em janeiro, o ministro afirmou que "não teremos racionamento de energia, temos um sistema elétrico robusto e confiável".

Também no mês passado, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), colegiado presidido pelo Ministério de Minas e Energia, elevou de 4,9% para 7,3% o risco de faltar energia no Sudeste e Centro-Oeste do País, ultrapassando do risco tolerável de 5%.

Na entrevista de segunda-feira, Braga lembrou que o consumo de energia deve ser reduzido por fatores como o próprio nível de atividade econômica, mas também por conta do impacto da alta das tarifas.

Na semana passada, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou revisões extraordinárias de tarifa para 58 distribuidoras que vão elevar a conta de luz, em média, em 23,4% no País.

Além disso, Braga disse que estão sendo iniciadas campanhas para incentivar o uso mais eficiente da energia. “Vamos lançar em duas semanas um programa de eficiência energética inédito no Brasil”, disse o ministro na TV.

Braga espera ainda que na próxima reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) os secretários de Fazenda dos Estados aprovem a desoneração da geração solar distribuída.

“Isso vai abrir uma avenida para a gente poder lançar um novo programa, e a gente espera poder lançar ainda no primeiro semestre, de geração distribuída solar”, disse o ministro.

Petrobras

Durante a entrevista, Braga afirmou ainda acreditar que “o desinvestimento é um dos caminhos para a Petrobras”.

Na segunda-feira, a estatal anunciou a aprovação de plano para desinvestir US$ 13,7 bilhões entre 2015 e 2016, um aumento em relação aos desinvestimentos de até R$ 11 bilhões que estavam previstos no período 2014-2018.

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