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Mantega: governo pode atuar para impedir que dólar impacte na inflação

19 ago 2013 - 21h48
(atualizado às 21h48)
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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta segunda-feira que o governo poderá atuar para impedir que a alta do dólar tenha impacto na inflação. "Nós temos alguns antídotos, que são a redução das tarifas de alguns insumos, aquelas tarifas que subiram na lista de setembro do ano passado", disse o ministro.

Mantega admitiu que a valorização da moeda norte-americana poderá pressionar os preços no mercado interno. Entretanto, segundo ele, esse efeito ainda não foi percebido. "Nós não sabemos onde isso vai parar (a subida do dólar). Alguma influência deverá ter, mas ainda não teve." Apesar dos efeitos imprevisíveis, Mantega garantiu que a situação está controlada. "Não há nenhum temor de que possa haver um problema maior. A situação está sob controle. Nós temos US$ 370 milhões de reservas para sustentar algum problema maior."

Hoje o dólar fechou em R$ 2,4159, com alta de 0,83%, e atingiu a maior cotação desde 3 de março de 2009, quando a moeda foi vendida a R$ 2,441. Desde o fim de maio, o mercado financeiro global enfrenta turbulências devido à perspectiva de que o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, reduza os estímulos monetários para a maior economia do planeta. O Fed poderá aumentar os juros e diminuir as injeções de dólares na economia global caso o emprego e a produção nos Estados Unidos mantenham o ritmo de crescimento e afastem os sinais da crise econômica iniciada há cinco anos.

A instabilidade piorou depois de Ben Bernanke, presidente do Fed, ter declarado, em 19 de junho, que a instituição pode diminuir a compra de ativos até o fim do ano caso a economia americana continue a se recuperar. Se a ajuda diminuir, o volume de dólares em circulação cai, aumentando o preço da moeda em todo o mundo.

Nos últimos meses, o governo brasileiro tem adotado medidas para conter a valorização do dólar. Além de vender a moeda no mercado futuro, o Banco Central retirou parte do compulsório sobre as apostas de que o dólar vai cair e eliminou restrições de prazos para que os exportadores financiem antecipações de pagamentos.

A equipe econômica também retirou barreiras à entrada de capitais estrangeiros no País. O Ministério da Fazenda zerou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para os estrangeiros que aplicam em renda fixa no Brasil. Desde outubro de 2010, a alíquota em vigor era 6%. A venda de moeda estrangeira no mercado futuro também ficou isenta de IOF.

Agência Brasil Agência Brasil
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