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Mantega diz que País deve modernizar sua estrutura financeira

30 ago 2010 - 11h34
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Thaís Sabino

Direto de São Paulo

O ministro da Fazenda Guido Mantega disse nesta segunda-feira que o próximo governo terá de trabalhar para conseguir manter o crescimento sustentável do País. Entre as ações necessárias, ele citou a modernização da estrutura financeira, de modo a aumentar a capacidade de financiamento, redução da taxa de juros, desenvolvimentos de novos mecanismos para ampliar e facilitar o crédito privado.

"É preciso avançar na questão tributária, reduzir o custo da burocracia e continuar dinamizando o comércio exterior brasileiro".

Segundo o ministro, a mobilidade social no Brasil nos últimos anos, permitiu que cerca de 25% da população pertencente às classes D e E passasse para a classe C e integrasse a classe média do País.

Mantega disse que em 2003, a classe média representava 37% da população, em 2008 chegou a 49% e neste ano subiu para 54%.

Em paralelo a isso, houve uma redução da massa pertencente às classes D e E. Em 2003, 55% da população fazia parte destas classes. Em 2010, apenas 30% da população continua nas camadas mais carentes do Brasil.

O ministro afirmou que o País é um dos mais dinâmicos do mundo e está entre os que mais crescerão neste ano. De acordo com Mantega, a previsão de crescimento dos países europeus é de "pouco mais de 1%, depois de uma taxa negativa de 4% por conta da crise"; nos Estados Unidos ele calcula 2,5% de crescimento ainda como consequência de uma recuperação mais demorada e alto nível de desemprego. "Enquanto isso, China e Brasil aparecem com dinamismo maior e o Brasil deve crescer cerca de 7%, que é o crescimento do PIB o maior que tivemos desde 1986", disse o ministro.

A opinião do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Benjamin Steinbruch, acompanha a avaliação de Mantega. Segundo o empresário, "este governo teve um grande mérito de trazer para o consumo 55 milhões de pessoas, com sistemas de assistencialismo, salário com mais renda, com mais crédito que faz mais consumo, e cria mais empregos". Para ele, é a primeira vez que o Brasil cresce "para dentro".

A recuperação mais lenta no cenário internacional, porém, não compromete as exportações do Brasil. No setor de agronegócios, por exemplo, Mantega afirmou que "está faltando alimento no mundo" e, isso, faz com que o mercado externo ainda demande alimentos do Brasil. No caso dos manufaturados, o ministro afirmou que a exportação será lenta e ficará prejudicada, no entanto, o consumo interno pode compensar esta diminuição.

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Fonte: Invertia Invertia
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