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Lula tem apoio de Chávez e Uribe para trocas em moeda local

17 fev 2009 - 23h44
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Laryssa Borges

Direto de Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu nesta terça-feira o apoio da Venezuela e da Colômbia para o projeto de viabilização de trocas comerciais em moeda local entre os países da América do Sul. Nesta noite, Lula telefonou para o venezuelano Hugo Chávez a fim de parabenizá-lo pela vitória no referendo no último domingo, que lhe permitiu a possibilidade de reeleições indefinidas, e recebeu o sinal positivo do colega para as mudanças nas regras de comércio na região.

Em setembro Brasil e Argentina foram os primeiros a firmar o acordo para trocas comerciais em moeda local, o que elimina, no caso, a conversão do real ou do peso para o dólar pelo importador e ajuda a reduzir os custos do comércio, fortalecer as moedas locais e diminuir as pressões sobre o câmbio.

Na tarde desta terça, em visita oficial ao Brasil, o presidente colombiano, Álvaro Uribe, se mostrou favorável a ampliação da iniciativa para toda a América do Sul.

Em um encontro em meados de abril, Lula e Chávez deverão detalhar como Brasil e Venezuela também poderão utilizar moedas locais em suas transações.

"Vários países estão interessados nisso (em transações em moeda local). Será mais rápido do que foi na Argentina, porque o da Argentina foi o primeiro e tinha toda uma série de tecnicalidades que agora já estão de certa maneira avançadas. Haverá uma experiência melhor tanto do Ministério da Fazenda e do Banco Central para resolver (eventuais) problemas", explicou o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia.

Durante o rápido telefonema entre Lula e Chávez, o governante venezuelano foi informado da presença de Uribe no Brasil e observou que as relações entre Venezuela e Colômbia, estremecidas após um episódio envolvendo as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), já estavam normalizadas. Em março do ano passado, o governo colombiano supostamente invadiu o território do Equador e assassinou o então número dois das Farc, Raúl Reyes.

A morte do guerrilheiro provocou uma crise diplomática e fez que Chávez deslocasse militares para as fronteiras entre os países e expulsasse o embaixador colombiano em Caracas.

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Fonte: Invertia Invertia
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