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Lula: não interessa ao Brasil crescer cercado por pobres

6 mar 2009 - 13h47
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira que não interessa para o Brasil crescer estando cercado por pobres. Citando o caso do gás boliviano, ele afirmou que é necessário uma "dosagem" muito grande de compreensão nas relações com os países vizinhos.

"Não interessa o Brasil crescer cercado por pobres. É importante que a gente se desenvolva juntos", disse ele, que afirmou entender o pleito da Bolívia em obter um valor "justo" para o gás extraído naquele país.

"Quanto mais em paz nós estivermos, quanto mais amigos nós formos, melhor será para o povo do Bolívia e melhor será para o povo do Brasil", completou ele.

Lula destacou ainda que as descobertas da Petrobras são fruto de investimentos em exploração, pesquisa e prospecção que, segundo ele, aumentaram de R$ 500 milhões para R$ 2,5 bilhões em seu governo. "É por isso que eles estão encontrando mais. Não cruzamos os braços e ficamos chorando a crise econômica. Nós trabalhamos", disse o presidente.

"Vai chegar o dia que eu vou dizer para o Evo Morales que ele pode vender o gás dele para quem ele quiser", destacou o presidente, completando que, neste ponto, o Brasil será auto-suficiente na produção de gás natural.

Lula participou, junto à Petrobras, da inauguração da segunda fase da Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas (UTGC), no município de Linhares (ES). O pólo terá capacidade para processar, a partir deste mês, 11 milhões de m³ de gás e 15 mil barris por dia de condensado (óleo associado ao gás) de petróleo.

Os investimentos totais da Petrobras no Espírito Santo alcançarão R$ 34,4 bilhões até 2013, dos quais R$ 6 bilhões em 2009. Só no Pólo Cacimbas, até dezembro de 2008 foram investidos aproximadamente R$ 2,4 bilhões. Com a conclusão da Fase 3, até o final deste ano, as aplicações alcançarão R$ 2,6 bilhões.

Na construção da UTGC, iniciada em 2003, foram gerados 3,2 mil empregos. Com a conclusão do trecho Cacimbas-Catu, o gás do Espírito Santo atenderá a parte da demanda do Nordeste. Novos investimentos estão programados para Cacimbas, incluindo a construção de duas termoelétricas.

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Fonte: Invertia Invertia
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