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Lula diz que conversas são alternativa contra protecionismo

17 fev 2009 - 19h20
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Laryssa Borges

Direto de Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a condenar nesta terça-feira a adoção de medidas protecionistas como mecanismo de fortalecimento de economias diante da crise financeira mundial e disse considerar que "conversas" são alternativas melhores para evitar iniciativas como esta.

"Nada melhor que sentar em torno de uma mesa e encontrar um denominador comum que possa servir aos povos dos dois países", disse Lula ao receber o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe.

"Se tentássemos voltar a uma política protecionista, iríamos aprofundar a crise e não resolver. É um equívoco de qualquer presidente que a solução de sua economia (seja) o protecionismo", comentou, explicando que por isso determinou que o Ministério do Desenvolvimento voltasse atrás na medida que havia adotado de restrição das importações.

"Voltei atrás em uma medida do Ministério do Desenvolvimento e da Fazenda (...) com a convicção de que prefiro uma reunião para solucionar divergências do que a forma simples de, de dentro do gabinete, tomar uma medida punitiva contra quem quer que seja", observou.

No final de janeiro, o governo brasileiro passou a exigir licença prévia para importação de cerca de 3 mil itens, mas em seguida decidiu revogar a medida implementada pela Fazenda e pelo Desenvolvimento.

Ainda em meio às negociações sobre protecionismo, Brasil e Argentina se reúnem esta tarde para tentar destravar o impasse em torno da iniciativa do país vizinho de adotar crescentemente medidas para dificultar a entrada de produtos brasileiros.

"Brasil e Argentina têm uma relação tão profunda e tão forte que não há divergência que não possa ser solucionada. É bom que a gente tenha divergência, mas é melhor ainda que a gente tenha vontade política de resolvê-la. Protecionismo não ajuda, atrapalha", disse o presidente Lula.

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Fonte: Invertia Invertia
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