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Lucro da Petrobras no 3º trimestre cai 12,1% para R$ 5,56 bilhões

MERCADOS - Matérias Primas

26 out 2012 - 17h45
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A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 5,567 bilhões no terceiro trimestre, uma inesperada queda de 12,1% na comparação com o registrado no mesmo período do ano passado, informou a empresa em comunicado nesta sexta-feira. O resultado veio abaixo das expectativas. O mercado esperava que o lucro líquido poderia subir quase 20%, para R$ 7,5 bilhões, no período entre julho e setembro.

Apesar disso, a empresa conseguiu reverter o prejuízo registrado no segundo trimestre do ano, quando teve perdas de R$ 1,3 bilhão, o primeiro resultado negativo em mais de 13 anos. "A reversão do resultado do trimestre anterior está relacionada aos reajustes nos preços da gasolina e do diesel, realizados em junho e julho, com o aumento da produção de diesel em nossas refinarias, com os menores gastos com baixas de poços secos ou subcomerciais e estabilidade cambial", afirmou a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, em comunicado. A executiva observou que apesar dos resultados melhores a empresa persistirá "trabalhando com determinação e foco na recuperação da rentabilidade".

A empresa está realizando um programa de redução de custos e deverá divulgar metas de corte de gastos em dezembro próximo. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Petrobras no terceiro trimestre somou R$ 14,375 bilhões, queda de 12,5% ante o mesmo período do ano passado. Em relação trimestre anterior, houve uma alta de 36%.

Produção em queda

A produção de petróleo e gás da Petrobras somou 2,523 milhões de barris ao dia no terceiro trimestre, uma queda de 2% na comparação com o segundo trimestre e uma baixa de 2,2% ante o mesmo período do ano passado, informou a estatal em comunicado.

A empresa atribuiu a queda na produção a paradas operacionais mais longas que o planejado, especialmente em setembro. "A Petrobras vai mal nos dois principais fundamentos de uma petrolífera: no aumento de sua produção e na lucratividade na venda de derivados", disse o especialista em energia e diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires.

Para ele, se o governo, controlador da companhia, não tivesse permitido reajustes de 10,5% no diesel (em dois aumentos) e de 8% na gasolina, a empresa não teria conseguido lucro no terceiro trimestre.

Fonte: Reuters News
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