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Lojas Americanas prevê abrir 800 lojas nos próximos 5 anos

Varejista planeja investir R$ 4 bilhões no projeto, que inclui a abertura de dois novos centros de distribuição

13 nov 2014 - 07h51
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<p>Número de novas unidades previsto no novo plano de expansão das Lojas Americanas é o dobro em relação ao plano anterior, que teve a abertura de 400 lojas e foi concluído em 2013</p>
Número de novas unidades previsto no novo plano de expansão das Lojas Americanas é o dobro em relação ao plano anterior, que teve a abertura de 400 lojas e foi concluído em 2013
Foto: Reprodução

A varejista Lojas Americanas lançou novo plano de expansão na quarta-feira, com previsão de abertura de 800 lojas em cinco anos e investimentos de R$ 4 bilhões, depois de ter divulgado um lucro 33% menor no terceiro trimestre.

"Devido ao otimismo que temos em relação ao Brasil, temos muitas oportunidades. As lojas que inauguramos estão performando muito bem", disse à Reuters o diretor de relações com investidores da companhia, Murilo Correa, sobre as perspectivas positivas em relação ao projeto.

Segundo o executivo, o plano de expansão da companhia não está focado nas questões macroeconômicas. "Passamos por diversos períodos e a empresa flutuou muito bem, vem navegando muito bem em relação a resultados", acrescentou.

Além das 800 lojas, o plano prevê a abertura de dois novos centros de distribuição. O número de novas unidades é o dobro em relação ao plano de expansão anterior, que teve a abertura de 400 lojas e foi concluído em 2013.

O executivo não deu mais detalhes sobre a localização das lojas, limitando-se a informar que a companhia já tem um mapeamento sobre onde pretende inaugurar novos pontos.

"Já temos um mapeamento grande e sabemos para onde queremos ir, depende muito das negociações de cada um desses pontos. A rentabilidade da loja é o que pauta a nossa ação no sentido de fechar o negócio", afirmou.

Os novos investimentos serão financiados por meio do próprio caixa da companhia, além de uma linha de crédito com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de R$ 1,2 bilhão, aprovada em março, com o objetivo de expansão.

"A gente fez um trabalho de alongamento da dívida, hoje o perfil da dívida está muito diferente, temos hoje muita certeza de que a estrutura de capital suporta este desafio", afirmou Correa.

Ao final de setembro, a dívida líquida consolidada da companhia foi 1,3 vez o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) acumulado de 12 meses, ante 1,5 vez em junho.

"Tem a possibilidade de um crescimento que sustente todo o plano de expansão e possa criar a geração de caixa que a gente espera para os próximos anos", afirmou.

Segundo o executivo, há oportunidades de avanços nas lojas mais maduras, que vêm tendo "bom crescimento". As vendas mesmas lojas (abertas há mais 12 meses) cresceram 10% no terceiro trimestre, ante avanço de 8% um ano antes.

"Estamos muito otimistas com o Natal, principal trimestre das Lojas Americanas", acrescentou.

A empresa também anunciou assinatura de contrato com a BradesCard para a oferta conjunta de cartões de crédito nas lojas.

Esta é a base para a criação de uma promotora de crédito que vai oferecer aos clientes produtos como seguros e serviços financeiros, como empréstimos e cartões pré-pagos.

Em 2012, a Lojas Americanas encerrou uma joint venture com o Itaú Unibanco para a financeira FAI, que segundo o executivo teve resultados abaixo do previsto no plano de negócios.

"A FAI chegou a atingir quase 15% do total de vendas com cartões que tinha nas Lojas Americanas, pode ter um volume expressivo neste (novo) negócio", disse.

A promotora de crédito permite, segundo ele, melhorar as margens, aumentar o relacionamento com clientes, e ajudar na gestão de custos, acrescentou.

No terceiro trimestre, a Lojas Americanas teve lucro líquido consolidado de R$ 65,1 milhões no terceiro trimestre, queda de 32,9% na comparação com o mesmo período do ano passado.

O Ebitda ajustado foi de R$ 476,8 milhões, avanço de 18,7% ano contra ano.

A média de estimativas obtidas pela Reuters apontava lucro líquido de R$ 60,5 milhões e Ebitda de R$ 466,1 milhões.

Como esperado por analistas, o resultado financeiro, que ficou negativo em R$ 327 milhões, pressionou o lucro líquido no período. Um ano antes, o resultado financeiro ficou negativo em 206,9 milhões de reais.

A receita líquida no período avançou 18,7%, a R$ 3,653 bilhões.

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