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Limite o gasto com financiamento a, no máximo, 30% da renda

28 dez 2012 - 08h09
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A casa própria sempre esteve entre os principais sonhos do brasileiro - que agora vêm se aproximando cada vez mais da realidade. Com o aumento do poder aquisitivo das classes C e D e a queda na taxa de juros praticada no País, o financiamento está conquistando maior espaço no planejamento das famílias de classe média. Mas, entre os principais atrativos do recurso, a possibilidade de quitar a dívida a longo prazo pode se transformar em dor de cabeça caso não haja planejamento. Saiba o quanto investir mensalmente para cumprir com tranquilidade um compromisso que pode durar mais de 30 anos.

É comum que construtoras entreguem imóvel com acabamentos por fazer, então vale a pena economizar para arcar com gastos antes de entrar na casa
É comum que construtoras entreguem imóvel com acabamentos por fazer, então vale a pena economizar para arcar com gastos antes de entrar na casa
Foto: Shutterstock


É comum que os bancos fixem em 30% o comprometimento de renda familiar no financiamento habitacional. Para o especialista em finanças Newton Machado, que também é diretor da Mais Ativos Educação Financeira, esse é um limite seguro. "Comprometer mais do que isso pode ser nocivo a médio prazo. É comum que se queira fazer um financiamento um pouco maior, mas é preciso entender que, durante 20 ou 30 anos, essa pessoa vai viver com apenas 70% de sua renda. É bastante tempo", diz.



Além de destinar esse percentual ao financiamento, é preciso continuar poupando, principalmente por conta de imprevistos. Machado lembra que é comum que as construtoras entreguem os imóveis "limpos", deixando os acabamentos para o novo proprietário. "É importante ter uma reserva para o momento da entrega", recomenda. Além dos móveis e da possível necessidade de fazer alguns retoques, é preciso economizar para arcar com gastos referentes a documentos, que giram em torno de 3% do valor do imóvel. O especialista lembra que normalmente é recomendável economizar 15% da renda familiar, o que pode se tornar mais difícil com outros 30% já comprometidos. A dica, então, é guardar ao menos 5%. "Qualquer valor é significativo. O importante é que se esteja coberto durante esse período de financiamento", afirma.



Durante o longo período em que se arca mensalmente com as prestações de um financiamento, é importante ter cuidado para não se endividar: a família deve ter em mente quais são seus outros compromissos, como condomínimo, escola, água e luz. "A pior coisa é contrair novas dívidas para arcar com gastos antigos", alerta Machado. Caso haja dificuldade para pagar a prestação, a dica é recorrer ao agente financeiro com urgência, já que existe a possibilidade de renegociar prazos e taxas de juros. A medida vale também para quem ainda não está inadimplente, mas prevê que possa enfrentar dificuldades em breve.



Para vencer o financiamento sem dor de cabeça, Machado diz que é preciso ter consciência do compromisso na hora de tomar a decisão - e se planejar para diminuir a dívida ao longo do tempo. Quanto maior for a prestação de entrada, melhor. "Vale vender o carro, reduzir despesas em casa... Quanto maior for a quantia paga no início, menores serão as prestações futuras, ou menor será o prazo", diz. Para quitar a dívida o quanto antes, também vale destinar todos os extras ao financiamento, o que pode diminuir o tempo de compromisso e garantir mais tranquilidade.

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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