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Kirchner nega calote e compara fundos a mísseis financeiros

"Impedir que alguém pague não é default", alegou a presidente da Argentina

1 ago 2014 - 10h22
(atualizado às 10h27)
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<p>"Como na guerra, quando os mísseis são financeiros também matam e causam danos a civis", disse a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, sobre o país ser considerado em "default" parcial</p>
"Como na guerra, quando os mísseis são financeiros também matam e causam danos a civis", disse a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, sobre o país ser considerado em "default" parcial
Foto: Victor R. Caivano / AP

Em sua primeira mensagem à nação após o país ser considerado em "default" parcial, a presidente argentina, Cristina Kirchner, comparou a ação dos fundos especulativos nos Estados Unidos a "mísseis financeiros que também causam danos" a civis, como na guerra.

Cristina também voltou a ignorar o status de "default" (calote da dívida).

"Vivemos em um mundo profundamente injusto e profundamente violento e isso também é violência. Como na guerra, quando os mísseis são financeiros também matam e causam danos a civis", disse a presidente, em um ato na Casa de Governo em Buenos Aires.

Em meio a uma grande expectativa pela entrada em "default" parcial da terceira economia da América Latina na quarta-feira, Kirchner defendeu a postura de seu governo de não reconhecer o calote.

"Impedir que alguém pague não é default", alegou Kirchner.

Ontem, venceu o prazo para o pagamento de US$ 539 milhões de bônus - "que a Argentina pagou", reiterou a presidente, repetindo as palavras de seu ministro da Economia, Axel Kicillof.

Os fundos não chegaram aos credores, porém, por causa de uma decisão judicial.

Em função disso, a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou a nota da dívida argentina para "default seletivo", que implica o descumprimento de pagamento de uma parte da dívida. E, nesta quinta, em decisão similar, a agência Fitch determinou "default parcial".

"A todos os argentinos, quero que fiquem muito tranquilos, porque a Argentina vai utilizar todos os instrumentos legais que nos dão os nossos próprios contratos firmados com 92,4% dos credores", os quais aceitaram negociar a dívida, acrescentou a presidente, em rede nacional.

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Fonte: Terra
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