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Juros sobem e oferta de crédito diminui em outubro, diz BC

26 nov 2014 - 12h09
(atualizado às 13h59)
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As taxas de juros e os spreads bancários voltaram a subir em outubro no Brasil, ao mesmo tempo em que houve desaceleração na oferta de crédito, após o início do novo ciclo de aperto monetário feito pelo Banco Central no mês passado.

<p>Grafite com uma versão da nota de Real, no centro do Rio de Janeiro</p>
Grafite com uma versão da nota de Real, no centro do Rio de Janeiro
Foto: Pilar Olivares / Reuters

Em outubro, o spread bancário - diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa efetivamente cobrada ao tomador final - foi a 21,3 pontos percentuais no segmento de recursos livres, acima dos 20,8 pontos percentuais vistos em setembro e interrompendo dois meses seguidos de queda, informou o BC nesta quarta-feira.

No crédito total, incluindo o segmento de recursos direcionados, o spread subiu a 12,8 ponto, 0,1 ponto a mais do que o número visto em setembro.

O BC informou ainda que taxa média de juros no segmento de recursos livres ficou em 32,8% em outubro, também quebrando uma sequência de duas baixas seguidas. No crédito total, a taxa foi a 21,3% em outubro, ante 21% em setembro.

No mês passado, o BC surpreendeu ao elevar a Selic em 0,25 ponto percentual, a 11,25% ao ano, para combater a inflação. E, na semana passada, o diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton Araújo, sinalizou que a autoridade monetária pode ampliar ainda mais o aperto monetário.

Com taxas mais caras, o estoque total de crédito no Brasil cresceu 0,8% em outubro ante setembro, chegando a R$ 2,926 trilhões, ou 57,3% do Produto Interno Bruto (PIB). Em setembro, a alta havia sido de 1,34%.

As concessões de crédito no segmento de recursos livres também perderam fôlego em outubro, com aumento de 1,4% ante alta de 7,4% em setembro.

O BC informou ainda que a inadimplência no mercado de crédito brasileiro no segmento de recursos livres ficou em 4,8% em outubro, menor em relação a setembro, quando registrou 5,0%. No crédito total, a inadimplência ficou em 2,9%, ante 3% em setembro.

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