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Juro DIs sobem com mercado avaliando cenário sobre inflação

29 set 2011 - 16h33
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<br/>Os contratos de DI subiram nesta quinta-feira, com o mercado ainda mostrando ceticismo com a avaliação do Banco Central (BC) sobre a inflação, apesar de a autoridade monetária reiterar que a alta dos preços vai convergir para o centro da meta no próximo ano.<br /><br /><br />Parte da alta das taxas, contudo, diminuiu perto do ajuste. Segundo um operador de DI, que preferiu não ser identificado, o movimento decorreu da piora no cenário internacional, onde investidores mantinham a cautela com as perspectivas para a economia global.<br /><br /><br />Às 16h22, o DI para janeiro de 2012 apontava 11,18% ao ano, estável ante o ajuste anterior. O contrato para janeiro de 2013 indicava 10,47%, frente a 10,41% no último ajuste. Para esse operador, a alta nas taxas de DI refletiu principalmente o ceticismo de boa parte do mercado com relação à avaliação do BC sobre o impacto da piora internacional sobre os preços no Brasil, num momento em que a inflação ainda se encontra em níveis desconfortáveis.<br /><br /><br />Visão semelhante tem o sócio-gestor da Leme Investimentos, Paulo Petrassi, para quem "o relatório está defasado". "O cenário do BC para o câmbio é diferente do que vemos hoje. O BC continua depositando as fichas no cenário externo, e o mercado segue olhando para isso como arriscado", afirmou o gestor.<br /><br /><br />No documento, a autoridade monetária elevou de forma expressiva sua projeção de inflação para este ano, mas reduziu o prognóstico para o crescimento. Ao mesmo tempo, enxerga uma melhora no balanço de riscos para a alta dos preços à frente, destacando uma "elevada probabilidade" de recessão no cenário global, em especial nas economias maduras. <br /><br /><br />Em palestra em Curitiba (PR), o presidente da autoridade monetária, Alexandre Tombini, afirmou que a inflação está sob controle e covergirá ao centro da meta em 2012. Para a equipe de analistas do Barclays Capital, o relatório reforça a avaliação de que as próximas decisões do Banco Central serão "muito dependentes de dados" externos. O banco manteve a previsão de corte de 0,5 ponto porcentual em cada uma das próximas duas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), em outubro e novembro, o que levaria a taxa básica de juros (Selic) dos atuais 12% ao ano para 11%. De acordo com Petrassi, a curva precifica atualmente um corte de 0,65 ponto na reunião de outubro e outro de 0,50 ponto na reunião de novembro.<br /><br /><br />Mais cedo, a leitura de setembro do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) também colaborou para a alta nas taxas de DI. O IGP-M subiu 0,65%, ante 0,44% em agosto, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O número veio acima da estimativa de 0,61% de analistas consultados pela <I>Reuters</I>. <br />

Fonte: Invertia Invertia
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