Juro: DIs caem de olho em mais cortes da Selic à frente
<br/>As taxas de DI voltaram a cair nesta sexta-feira, ainda pela avaliação de que as perspectivas mais fracas para a economia global devem favorecer novos cortes da taxa básica de juros (Selic) mais à frente, inclusive no próximo mês.<br /><br /><br />Às 16h12, o DI para janeiro de 2012 apontava 11,10% ao ano, frente a 11,18% no ajuste anterior. O contrato para janeiro de 2013 indicava 10,33%, ante 10,47% no último ajuste. Para o gestor de renda fixa e derivativos da Brasif Gestão Henrique de la Rocque, o movimento da curva futura segue alinhado com a possibilidade de um corte mais forte da Selic em outubro, apesar de na véspera o Relatório Trimestral de Inflação ter esfriado essas apostas. <br /><br /><br />"A curva hoje está precificando um corte de 0,80 ponto na Selic, ou seja, ainda tem gente se posicionando para uma redução maior da Selic", afirmou, lembrando que o Banco Central (BC) tem destacado o impacto da deterioração externa sobre a economia doméstica.<br /><br /><br />Para a equipe de estrategistas do banco francês BNP Paribas, apesar da possibilidade de uma redução mais forte, o quadro internacional corrente ainda respalda uma baixa de 0,50 ponto do juro básico na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) dos dias 18 e 19 de outubro. A Selic está atualmente em 12% ao ano.<br /><br /><br />"Mas, caso os desdobramentos externos apontem para uma deterioração mais forte, há uma chance de o BC acelerar o ritmo de afrouxamento monetário", escreveu a equipe em nota. A queda da Selic se encaixa na estratégia do governo de reduzir a parcela de dívida atrelada a essa taxa. Em entrevista à <I>Reuters</I>, o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, afirmou que o momento é favorável para esse movimento. <br /><br /><br />Nesta sexta-feira, autoridades do governo voltaram a falar sobre a possibilidade de novos cortes na Selic. Em evento em São Paulo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o BC pode reduzir os juros novamente.<br /><br /><br />Na mesma ocasião, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o compromisso do governo federal com a solidez fiscal abriu espaço para um "ciclo cauteloso e responsável" de corte da taxa básica de juros.<br />
