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Juro: DIs ajustam para cima após Copom sem surpesas na véspera

20 out 2011 - 16h41
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<br/>As taxas futuras de juros subiram nesta quinta-feira, após o Banco Central (BC) ter referendado apostas do mercado na véspera e reduzido a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto, levando investidores a ajustarem posições em prol de um ciclo de afrouxamento monetário mais forte.<br /><br /><br />Embora a grande maioria do mercado estimasse um corte de 0,5 ponto, ainda havia posições em prol de um movimento mais forte, que precisaram ser ajustadas nesta sessão, favorecendo a alta dos DIs.<br /><br /><br />Às 16h19, o DI para janeiro de 2012 - mais líquido da sessão, com cerca de 866 mil ativos negociados - apontava 11,144% ao ano, frente a 11,124% no ajuste anterior. O contrato para janeiro de 2013 indicava 10,5%, contra 10,44% no último ajuste.<br /><br /><br />Em decisão unânime, o Comitê de Política Monetária (Copom) cortou a Selic para 11,5%, destacando que um ajuste moderado é consistente com a convergência da inflação para a meta em 2012. "Alguns participantes do mercado estão interpretando a ausência de um corte maior ontem como um sinal &aposhawkish&apos (desfavorável a afrouxamento monetário), e alguns acham que o BC vai promover mais uma baixa do juro e depois parar", escreveu em nota o operador de um banco estrangeiro.<br /><br /><br />A decisão do Copom e nova referência ao termo "ajuste moderado" endossaram expectativas de que o colegiado mantenha o ritmo de corte no encontro de 29 e 30 de novembro, podendo até mesmo interromper o ciclo já na primeira reunião de 2012.<br /><br /><br />Em relatório, Marcelo Salomon, economista do Barclays Capital, disse esperar que o Copom promova mais um corte de 0,5 ponto em novembro e mantenha a Selic estável em todo o ano de 2012. Para alguns profissionais, a decisão do BC de não intensificar a redução do juro também levou em conta os atuais níveis de inflação, ainda considerados desconfortáveis pelo mercado.<br /><br /><br />Pela manhã, investidores se depararam com a leitura de outubro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado uma espécie de prévia da inflação oficial. O IPCA-15 desacelerou a alta a 0,42%, contra acréscimo de 0,53% em setembro. <br /><br /><br />"A inflação de serviços pelo IPCA-15 ainda está muito próxima de 9% ao ano, e a média do núcleo foi de 0,5% em outubro, o que ainda é inconsistente com a meta de inflação de 4,5% e mostra que a economia ainda está longe de experimentar níveis confortáveis de inflação", escreveu em nota Alberto Ramos, economista do Goldman Sachs.<br /><br /><br />Também foi divulgado que a segunda prévia do mês do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) avançou 0,5%, após elevação de 0,52% em igual período de setembro. <br /></P>

Fonte: Invertia Invertia
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