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Jovens criam espaço para vender de queijo a roupas no RS

1 out 2014 - 17h24
(atualizado em 2/10/2014 às 08h26)
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Foto: Lufe Torres Fotografia/Divulgação

A ideia de trabalhar dentro de um escritório dentro de uma rotina rígida, com chefe, prazos e pouco espaço para a criatividade é um pensamento insuportável para algumas pessoas. Quem nunca pensou em concretizar ideias inovadoras, mas esbarrou na falta de estrutura mínima ou conhecimento de negócios para empreender?

Pensando nisso, um grupo de jovens na casa dos 20 e poucos anos resolveu criar um local que reunisse empreendedorismo, criatividade e apoio mútuo em Porto Alegre. Quem se depara com a fachada da La Casa de Pandora já se dá conta de que não se trata de algo convencional. São 250 m² divididos em um espaço quase camaleônico e aberto para novos empreendedores, que pode ser comparado a um mini shopping - como definiu um vizinho - em um imóvel localizado no 4º Distrito (projeto de revitalização que visa propor uma nova organização social à comunidade).

“Essa ideia parte de mim e da minha necessidade. Em 2012 eu pensei que queria uma casa dessas para mim, quando comecei a fazer a minha marca a Camel Bird, e eu não tinha esse apoio, não tinha um espaço que pudesse me dar segurança de fazer apoiar, então optei de fazer a ideia e a marca, então á casa é um sonho aberto para os outros, não para mim”, explica Victor Mendes, que capitaneia a proposta.

A ideia é reunir pessoas que tenham um projeto, mas que precisam de um apoio inicial, tanto estrutural como na troca de experiências. ”O conceito é de ter uma segurança para empreender, de ter um espaço para ti, que tu possa ganhar com a tua escolha e com o teu sonho, porque quando optei ser estilista e não sabia nada, fui aprender na rua, então tive que vender de sacola. Como eu queria ter uma loja, um espaço para produzir que não fosse na minha casa”, lembra

Foto: Lufe Torres Fotografia/Divulgação

O La Casa de Pandora já inaugura em pleno funcionamento, com lojas de roupa, moda e costura, um café, jantares, produção de muçarela de búfala, workshops de couchsurfing (viajar sem muito dinheiro dormindo em sofás de desconhecidos pelo mundo), produtora de vídeo, e por ai vai. Cerca de 20 pessoas devem trabalhar no local.

A inauguração foi neste final de semana, mas há um mês os trabalhos já começaram por lá e a repercussão nas redes sociais tem atraído mais interessados. “começou a brotar gente aqui”, diz Mendes. Um destes é o designer de produtos Guilherme Lemes, que pretende começar um negócio de produção de calçados.

“Minha namorada me mandou o link do site depois de ter visto no Facebook que um amigo nosso compartilhou porque ela sabia porque eu estava procurando um lugar. Quero trabalhar fazendo minhas coisas de calçado e percebi que em casa não ia rolar, dai entrei em contato e já estou aqui agora”, conta.

O idealizador do projeto, Victor Mendes diz que prefere o termo “compartilhado” ao invés de “colaborativo” ou ”coletivo” porque “o compartilhado é de alguém, somos todos associados”, explica. A casa funciona sem fins lucrativos, mas tem custos que devem ser carcados pelos participantes, que se veem obrigados a fazerem suas ideias funcionarem para dar lucro.

“Todo mundo aqui quer crescer, então a gente procura se blindar com pessoas boas, eu acredito muito no ser humano, então é nisso que a gente procura se basear”, filosofa Mendes.

Para seguir com as melhorias, o projeto entrou no site de financiamento coletivo, Catarse, e espera juntar aproximadamente R$ 9 mil para a instalação de material de infra estrutura. (http://www.catarse.me/pt/lacasadepandora).

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Fonte: Terra
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