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Inflação oficial tem a maior alta no mês desde abril

ECONOMIA - Indicadores

7 nov 2012 - 07h53
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - que mede a inflação oficial - subiu 0,59% em outubro, após alta de 0,57% em setembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. É a maior variação desde abril passado, quando o indicador subiu 0,64%. No acumulado de 12 meses até outubro, o IPCA avançou 5,45%, mostrando alta ante os 5,28% de setembro, e afastando-se ainda mais do centro da meta do governo, de 4,5%.

Analistas ouvidos pela Reuters esperavam alta de 0,58% no mês passado, acumulando em 12 meses ganho de 5,44%. Para a variação mensal, as projeções ficaram entre 0,53% e 0,75%.

Os alimentos tiveram o maior impacto sobre a taxa de 0,59% no mês, mas não foram os únicos vilões. "Não pense que foram só os alimentos que aumentaram. Outros grupos também pressionaram a taxa", afirmou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE.

Os aumentos de preços nos artigos de vestuário aceleraram a alta de 0,89% em setembro para 1,09% em outubro. Nos artigos de residência, a variação saiu de 0,18% em setembro para 0,37% em outubro. No grupo transporte, a taxa passou de uma queda de 0,08% para uma alta de 0,24%, no período. Houve influência do aumento de 0,75% na gasolina, que tinha caído 0,13% no mês anterior.

Também contribuiu a alta de 0,32% do automóvel novo, que havia caído 0,08% em setembro. O conserto de automóvel também subiu 0,32%, após ter diminuído 0,55% em setembro. Já o automóvel usado ainda teve queda, mas menor - saiu de -1,62% em setembro para -0,17% em outubro. Também registraram aceleração os grupos saúde e cuidados pessoais (de 0,32% em setembro para 0,48% em outubro), comunicação (de 0,03% para 0,31%) e alimentação e bebidas (de 1,26% para 1,36%).

"Na verdade, quem ajudou a equilibrar a taxa (do IPCA) no confronto com o mês passado foram itens e despesas ligados à habitação. Foram itens administrados, como energia elétrica e água e esgoto, e também aluguel residencial, condomínio e gás de botijão", explicou Eulina.

Houve desaceleração nos grupos habitação (de 0,71% para 0,38%), despesas pessoais (de 0,73% para 0,10%) e educação (de 0,10% para 0,05%). item empregados domésticos saiu de uma alta de 1,24% de setembro para queda de 0,16% em outubro, e recreação desacelerou a alta de 0,79% para 0,29% no período, sendo responsáveis pelo resultado das despesas pessoais no mês.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com renda até cinco salários mínimos, ficou em 0,71% em outubro deste ano. A taxa teve uma alta em relação a setembro, quando havia sido registrado índice de 0,63%, segundo dados do IBGE.

Com informações da Agência Estado

Fonte: Reuters News
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