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Inflação no Brasil é duas vezes maior que média do G20

14 out 2013 - 11h58
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A inflação anual do Brasil até agosto foi o dobro da média dos países do G20, aponta relatório publicado nesta segunda-feira pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

A taxa brasileira foi de 6,09% (segundo o IPCA, Índice de Preços ao Consumidor-Amplo, índice oficial medido pelo IBGE), contra uma média de 3% do grupo dos 20 países mais ricos do mundo, calculada pelo Índice de Preços do Consumidor do G20. Vale destacar que a inflação brasileira está em um nível intermediário em comparação a outros países do G20 - é a sétima taxa mais alta.

Outros emergentes apresentaram pressão de preços bem maior nos 12 meses até agosto: na Índia, a inflação foi calculada em 10,7%; na Argentina (onde foram usados índices oficiais, considerados inferiores aos calculados pelo mercado), 10,5%; na Turquia e na Índonésia, o índice ronda os 8%.

O índice do G20 é calculado pela OCDE com base em variações de preços de uma cesta de produtos e serviços típicos, de 15 países membros do grupo e com base na média da inflação medida nos países da União Europeia (UE). Segundo o relatório, o índice evidencia "padrões divergentes (de inflação) entre as maiores economias do mundo".

"Índia, Argentina, Indonésia e Turquia tiveram as maiores taxas anuais de inflação - iguais ou superiores a 8% - em agosto, enquanto Japão, França, Canadá e Itália tiveram as taxas anuais mais baixas - entre 0,9% e 1,2%".

Juros

A inflação acumulada já sofreu leve redução em setembro em relação ao índice de 6,1% usado pela OCDE, de agosto. O ìndice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dos 12 meses até setembro foi de 5,86%, segundo o IBGE - e esta foi a primeira vez no ano que o índice ficou abaixo dos 6%.

O aumento dos preços, no entanto, continua a ser uma das principais dores de cabeça do governo. Na semana passada, o Banco Central (BC) elevou a taxa básica de juros (meta Selic) de 9% para 9,5%, com a justificativa de que isso "contribuirá para colocar a inflação em declínio e assegurar que essa tendência persista no próximo ano". O aumento dos juros tem sido usado como a principal arma para controlar a inflação, pela lógica de coibir o consumo elevando os custos dos empréstimos.

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