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IDH no mundo desacelerou após crise financeira de 2008

24 jul 2014 - 02h00
(atualizado às 02h06)
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O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) observou uma redução no ritmo de crescimento do desenvolvimento humano no mundo desde 2008, quando eclodiu uma crise financeira internacional. A tendência apresentada neste ano é de manutenção do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) na maioria dos países do globo.

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Dados divulgados nesta quinta-feira pelas Nações Unidas mostram que a crise impactou diretamente no desenvolvimento humano. Dos 187 países analisados pelo estudo, por exemplo, 144 cresceram menos de 1% na década. O Brasil, apesar de sempre apresentar crescimento desde 1980, está no rol de países com baixo avanço de IDH.

“A desaceleração é evidente em todos os três componentes do IDH (educação, expectativa de vida e PIB per capita). O crescimento da Renda Nacional Bruta (RNB) per capta caiu particularmente nos Estados árabes, na Europa e na Ásia Central”, afirma um trecho do Relatório de Desenvolvimento Humano.

“O que o relatório mostra é que há uma tendência mundial de desaceleração do crescimento. O relatório fala que no mundo inteiro o índice de desenvolvimento humano vem melhorando”, afirma a coordenadora do Atlas do Desenvolvimento Humano brasileiro, Andréa Bolzon. “Quando você olha a velocidade do crescimento ao longo dos anos, aí a grande maioria dos países desacelerou esse crescimento na última década.”

Segundo a pesquisadora, os países que apresentaram maior taxa de crescimento no IDH depois da crise são aqueles que possuem um grau de desenvolvimento humano extremamente baixo, como Etiópia, Burundi e Afeganistão.

Na contramão do mundo, Brasil aumenta trabalho formal

O relatório do Pnud coloca o Brasil entre os países que aumentaram o emprego formal e reduziram as informalidades. Na mesma situação estão a Alemanha, o Uruguai, o Peru, o Chile e a Polônia, entre outros.

Entre os países que reduziram o número de trabalhos formais e aumentaram os informais estão nações desenvolvidas como o Canadá, a França, Portugal, Reino Unido e a Itália. “As vulnerabilidades dos que estão em empregos informais vão além dos rendimentos baixos e voláteis. (...) Esses trabalhadores geralmente não têm os mesmos benefícios, como seguro de saúde”, diz o relatório.

Foto: Terra
Foto: Terra
Foto: Terra

Fonte: Terra
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