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Ibovespa sobe com bom humor externo; dólar opera estável

12 fev 2016 - 15h10
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Após recuos acentuados, Petrobras e Vale se recuperam e sustentam ganhos do Ibovespa
Após recuos acentuados, Petrobras e Vale se recuperam e sustentam ganhos do Ibovespa
Foto: Flickr/Caliel Costa / O Financista

Após registrar recuo acentuado na sessão anterior, o Ibovespa se recupera nesta sexta-feira (12), sustentado pelo desempenho das bolsas internacionais e pela recuperação dos preços do petróleo. No mercado de câmbio, o dólar oscila perto da estabilidade frente ao real, cotado a R$ 3,98.

De acordo com Paulo Gomes, economista da Azimut Brasil Wealth Management, nem mesmo a ausência de indicadores relevantes foi suficiente para atribuir um comportamento apático aos investidores locais. “A semana fraca fez com que o Ibovespa ficasse atrelado à performance das bolsas internacionais. Por isso, os agentes locais estão assimilando mais os ganhos dos índices globais e do petróleo do que o adiamento do anúncio do corte do Orçamento de 2016 parta março”, diz.

Além de compensar as perdas recentes, a recuperação acentuada do preço do petróleo reflete a sinalização do ministro da energia dos Emirados Árabes Unidos, Suhail bin Mohammed al-Mazrouei, de que membros da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) estariam prontos para cooperar com novos cortes na produção de petróleo. Neste contexto, o preço do petróleo opera em forte alta, com valorização de mais de 5% e contagia positivamente as ações de petrolíferas nas bolsas europeias. Os índices norte-americanos também operam em campo positivo.

Por volta de 12h50, em Londres, o barril de petróleo tipo Brent tinha alta de 4,62%, cotado em US$ 31,45. Em Nova York, o barril tipo WTI, com entrega para março, avançava 5,99%, a US$ 27,78. Por outro lado, na última sessão da semana, o preço do minério de ferro caiu 3,5%, cotado a US$ 43,65 a tonelada.

“O avanço dos preços do petróleo é determinante para a arrancada dos ativos da Petrobras. Já as ações da Vale ignoram o forte recuo do minério de ferro e compensam a queda da sessão anterior”, afirma Gomes. Para ele, esta é uma sessão predominantemente de ajuste técnico “diante dos recuos destemperados e exagerados do pregão de ontem”.

Além disso, o economista aponta que a expectativa de reabertura das bolsas chinesas após uma semana fechadas por causa de feriado nacional pode atribuir cautela aos agentes no final do pregão.

Por volta das 12h50, o Ibovespa subia 0,96%, aos 39.696 pontos. Entre as ações com maior volume de negociação, a Petrobras (PETR4) avançava 3,07%, enquanto a Vale (VALE5) ganhava 2,42%.

Câmbio

O dólar ronda a estabilidade, alternando entre os patamares positivo e negativo em meio ao otimismo global com a forte alta do petróleo e a cautela com o ambiente doméstico.

O adiamento no anúncio do corte no orçamento do governo para março preocupa o mercado, que não acredita no cumprimento da meta de superávit primário de 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto).

“A equipe econômica tenta emplacar um ajuste mais lento e gradual, mas precisará contar com sustentação política para isso. Assim, o risco é que somente parte do ajuste proposto seja levado adiante, e as incertezas continuem”, afirma a Guide Investimentos.

Jefferson Luiz Rugik, diretor-superintendente da Correparti Corretora, destaca também o movimento de proteção dos investidores devido ao retorno do trabalho do Congresso na próxima semana, que traz ainda mais incertezas para o ambiente político e econômico.

Neste cenário, o dólar à vista tinha queda de 0,03%, cotado a R$ 3,9879, após oscilar entre a mínima de R$ 3,9695 e a máxima de R$ 4,0040.

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