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Ibovespa fecha no vermelho após sete pregões

Volume financeiro somou R$ 4,9 bilhões

22 ago 2014 - 18h10
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Volume financeiro somou R$ 4,9 bilhões
Foto: Getty Images

A Bovespa teve nesta sexta-feira a primeira queda em sete pregões, com investidores embolsando lucros após uma semana marcada por renovação das máximas no ano.

O quadro geopolítico global mais tenso e a ausência de pistas sobre o rumo dos juros nos Estados Unidos corroboraram o ajuste, em sessão marcada por volume abaixo da média do mês, enquanto agentes aguardam novos desdobramentos na cena eleitoral a partir de segunda-feira, incluindo pesquisas eleitorais. O Ibovespa fechou em baixa de 0,99%, a 58.407 pontos. O volume financeiro somou R$ 4,9 bilhões, bem abaixo da média diária mensal de R$ 7,1 bilhões. Na semana, o índice acumulou alta de 2,53%.

"Tudo o que indicar a alternância (no governo) ajudará na alta, mas uma coisa é a expectativa e a outra é a realidade. Ainda há muitos desdobramentos, muito risco. E o mercado não será complacente. E essa realização de lucros mostra isso", disse o gestor na NP Investimentos Julio Erse. Para a próxima semana, entre outros eventos, o mercado estará atento à pesquisa Ibope sobre a intenção de votos, prevista para ser divulgada a partir de terça-feira, bem como para a entrevista de Marina Silva (PSB) ao Jornal Nacional (dia 27) e à divulgação do programa de governo do partido (dia 29).

As ações preferenciais da Petrobras, que vêm oscilando conforme a dinâmica eleitoral, recuaram pelo segundo pregão, mas na semana acumularam alta de 2,55%. Também os bancos sofreram nesta sessão, com Itaú Unibanco e Bradesco em queda, mas na semana ambas tiveram ganho de 3,3%. Outra influência negativa relevante veio de Vale, após os preços de minério de ferro para entrega imediata na China alcançarem o menor patamar desde 19 de junho, para US$ 91,90 a tonelada.

No exterior, o aumento das tensões entre Ucrânia e Rússia e comentários da presidente do banco central dos Estados Unidos, Janet Yellen, sem pistas sobre eventual aumento dos juros norte-americanos abriram espaço para um ajuste em Wall Street, com o S&P 500 recuando.

Da cena corporativa doméstica, Gol foi um dos poucos papéis a fechar no azul, na esteira do aumento de 8,6% na demanda total por voos e queda de 2,8% na oferta de assentos em julho, o que ajudou a empresa a fechar o mês com alta na taxa de ocupação.

Em outra frente, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aceitou o ingresso de uma série de companhias e entidades com preocupações concorrenciais como terceiros interessados no processo de fusão entre a ALL e a Rumo Logística, da Cosan.

As ações preferenciais da Eletrobras acompanharam a tendência geral e recuaram, um dia após a estatal informar que pagará nesta sexta-feira parcela de R$ 452 milhões da dívida que duas de suas distribuidoras têm com a Petrobras por compra de combustível.

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