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Ibovespa cai 5% em semana marcada por recuo da Petrobras

Bolsa paulista completa quatro pregões de baixa, tendo resultados positivos apenas na quinta-feira

22 mai 2015 - 18h56
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Principal índice da Bovespa caiu 1,33%, a 54.377 pontos
Principal índice da Bovespa caiu 1,33%, a 54.377 pontos
Foto: Paulo Whitaker / Reuters

A Bovespa fechou em queda nesta sexta-feira (22), completando quatro pregões de baixa em uma semana marcada por recuo da Petrobras e apreensão sobre potenciais efeitos nas empresas de medidas para melhorar as contas públicas, especialmente bancos.

O principal índice da bolsa paulista caiu 1,33%, a 54.377 pontos, cedendo 5% na semana, que teve apenas a quinta-feira positiva. Nesta sexta, o governo anunciou corte de R$ 69,946 bilhões no Orçamento de 2015.

O volume financeiro desta sessão na bolsa alcançou R$ 7,77 bilhões.

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O governo federal publicou uma medida provisória elevando a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de instituições financeiras, de 15 para 20%, confirmando especulações sobre elevação de tributo para o setor.

Próximo do fechamento, os Ministérios do Planejamento e da Fazenda também anunciaram que o corte no Orçamento da União de 2015 será de R$ 69,946 bilhões, incluindo redução de R$ 9,4 bilhões em Educação e R$ 11,8 bilhões em Saúde, em linha com o previsto pelo mercado.

No exterior, a chair do Federal Reserve, Janet Yellen, corroborou o tom negativo na Bovespa ao afirmar no início da tarde que espera elevação dos juros nos Estados Unidos neste ano, uma vez que a economia do país caminha para se recuperar da fraqueza no primeiro trimestre.

Destaques

Itaú, Unibanco e Bradesco perderam 2,1%, enquanto o Banco do Brasil caiu 3,4% e o Santander Brasil cedeu 1% após o governo elevar a alíquota da CSLL do setor financeiro de 15 para 20%. O BTG Pactual avaliou que o impacto no lucro dos bancos em 2016 deve ser de 5 a 8%. Os quatro bancos recuaram em todos os pregões da semana, com Itaú, Bradesco e BB acumulando declínio de 9 a 10%, e Santander Brasil perdendo cerca de 6%.

BB Seguridade recuou 3,3%. Pelo cálculo do Credit Suisse, a CSLL maior terá efeito negativo de 5,5% no lucro líquido da seguradora em 2016.

Petrobras voltou a cair, após a trégua da véspera, antes de assembleia de acionistas na segunda-feira para aprovar o balanço de 2014 e tendo como pano de fundo a queda do petróleo no exterior. A ação PN caiu 2,75% e a ON caiu 2,2%, acumulando na semana declínio de quase 7% e pouco mais de 6,3%, respectivamente.

Ações da Petrobras 'derretem' na Bolsa :

Eletrobras fechou sem tendência única. A Moody's rebaixou o rating da empresa para baixo do nível grau de investimento. As ações se recuperaram, com operadores citando a matéria da Agência Estado sobre minoritários reclamando na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o direito de eleger membro no Conselho para donos de papéis preferenciais. Após fortes perdas, o papel ON fechou em alta de 1,5%, enquanto a PN reduziu a queda para 1,07%.

Kroton Educacional caiu 0,32% e Estácio Participações recuou 0,53%, após fortes ganhos da manhã, depois que informações de que o setor de Educação seria uma das mais atingidas pelos cortes no Orçamento, o que se confirmou com a divulgação dos números oficiais.

Vale destoou da tendência geral e encerrou em alta pelo segundo pregão seguido, com as preferenciais avançando 1,3%, em meio à alta do minério de ferro na China. Na semana, porém, os papéis caíram 4,15%.

Embraer liderou os ganhos, com elevação de 2,99%, beneficiada pela valorização do dólar frente ao real, que acelerou após o discurso de Yellen.

Fibria e Suzano Papel e Celulose também apareceram entre as poucas altas do dia, acompanhando o movimento do câmbio.

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