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Holofotes em Trump e outros momentos do debate entre pré-candidatos republicanos nos EUA

12 nov 2015 - 15h42
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Trump ficou sob fogo cruzado diante do plano para conter a imigração, que inclui a construção de um muro na fronteira com o México
Trump ficou sob fogo cruzado diante do plano para conter a imigração, que inclui a construção de um muro na fronteira com o México
Foto: AFP Photo/Joshua Lott / O Financista

SÃO PAULO - 8 pré-candidatos à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Republicano participaram do quarto debate entre presidenciáveis da sigla nesta terça-feira (10). O encontro, que teve como cenário a cidade de Milwaukee, no estado do Wisconsin, reuniu Donald Trump, Ben Carson, Marco Rubio, Ted Cruz, Jeb Bush, John Kasich, Carly Fiorina e Rand Paul. Após atingirem uma porcentagem mínima de intenção de votos nas pesquisas mais recentes, eles puderam participar do debate que foi marcado por ironias de Bush, reclamações de Trump e vaias à Hillary Clinton, principal pré-candidata da oposição.

Veja os 9 melhores momentos do debate:

Trump e as interrupções de Fiorina

Após Fiorina tentar interromper Rand Paul em uma pergunta sobre a comunicação com o presidente russo Vladimir Putin, Trump disparou: "Por que ela continua interrompendo todo mundo?".

Putin divide opiniões 

Trump, que liderou durante meses as pesquisas de intensão de voto na corrida republicana para a Casa Branca em 2016, elogiou o empenho de Putin para combater os militantes do Estado Islâmico e disse que iria apoiar o líder russo "100%" nesse esforço.

"Se Putin quer agir duro contra o Estado Islâmico, sou totalmente a favor, 100%, e não consigo entender como alguém seria contra isso", disse o magnata do setor imobiliário.

"Temos que ficar espertos. Não podemos continuar a ser os policiais do mundo", disse Trump, acrescentando que a possível derrubada de um avião russo por militantes significa que "ele não pode estar apaixonado por essas pessoas".

Mas Bush, ex-governador da Flórida, questionou o entendimento de Trump do conflito, dizendo que o bilionário estava "errado sobre isso".

"Não vamos ser policiais do mundo, mas temos certeza que é melhor ser o líder mundial", disse Bush, dizendo que a opinião do Trump sobre Putin e suas políticas na Síria eram "como um jogo de tabuleiro. É como jogar Monopoly ou algo assim. Não é desse jeito que o mundo real funciona".

Outros candidatos republicanos disseram poucas coisas gentis sobre Putin.

"O senhor Trump deveria saber que não se deve falar com as pessoas de uma posição de fraqueza", disse a ex-executiva Fiorina. "Nunca conheci Vladimir Putin, mas sei o suficiente sobre ele para saber que é um gângster", completou Rubio.

Bush irônico

Após Trump interromper Kasich, dizendo que Bush deveria ter a oportunidade de falar durante o debate, o ex-governador da Flórida agradeceu, em tom sarcástico."Obrigado, Donald, por permitir que eu fale no debate. Que bom homem, o senhor é!".

Na sequência, Bush classificou o plano de Trump para deportar 11 milhões de imigrantes como surreal e pontuou que o programa prejudica a legenda republicana politicamente.

"Quando ele [Trump] fala coisas assim, os democratas fazem 'high-fives' (cumprimento de mãos)."

Vaias para Hillary

Quando a apresentadora da Fox Business, Marcia Bartiromo, citou que Hillary - principal pré-candidata à presidência pelo Partido Democrata - tinha um currículo impressionante, a audiência vaiou ruidosamente. 

A classe média e Wall Street

O candidato Kasich criticou o plano econômico de Cruz em relação ao setor bancário. "Filosofia não funciona quando você administra alguma coisa."

Cruz respondeu dizendo que Kasich está mais preocupado com os banqueiros ricos de Wall Street do que com a classe média. 

O senador disse que não iria socorrer as maiores instituições financeiras em Wall Street. "A maior mentira em toda a política é que os republicanos formam o partido dos ricos", disse Cruz.

Trump e o Tratado Transpacífico

Repetindo uma linha frequentemente usada em campanha, Trump disse que a China estava se beneficiando enormemente do Tratado Transpacífico. "Eles se beneficiam por meio da manipulação cambial. E isso não é nem discutido no acordo de 6 mil páginas. A manipulação de câmbio é a melhor arma que as pessoas de lá possuem." 

Paul, então, interveio, mencionando que a China não faz parte do acordo. "Nós talvez queremos pontuar que a China não faz parte do Tratado. Nós devemos negociar em posição de força, e nós devemos negociar com os poderes que a Constituição tem nos dado". 

O plano econômico de Rubio

Rubio disse que, assim como Trump, também não iria aumentar o salário mínimo, dizendo que seu plano econômico considera desnecessário um aumento dos salários.

"Se eu achasse que o aumento de salário mínimo fosse o melhor caminho, eu teria aumentado. No século 21, é um desastre. Se você aumentar o salário mínimo, você vai ser mais caro do que uma máquina."

Rubio repetiu, em seguida, uma linha constantemente usada por ele para defender a expansão da educação profissional em vez de universidades tradicionais, de 4 anos. 

"Precisamos de mais soldadores e menos filósofos", disse Rubio.  

Críticas a Obama

Bush disse que iria eliminar cada uma das ações executadas pelo presidente Barack Obama. "Acho que nós precisamos repelir cada regra que a gestão Obama tem". 

Imigração em pauta

Trump também ficou sob fogo cruzado por seu plano para conter a imigração, que inclui a construção de um muro na fronteira com o México e batidas policiais para identificar e deportar imigrantes indocumentados.

Kasich e Bush criticaram o plano de Trump, que muitos republicanos temem que vá distanciar os eleitores hispânicos, vitais para vencer a eleição de novembro de 2016.

(Com Reuters)

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