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Gripe suína afeta até 50% dos pacotes turísticos para Argentina

15 jul 2009 - 10h23
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Desde o início do surto de gripe suína na Argentina, cerca de 50% dos pacotes turísticos para Buenos Aires foram cancelados ou adiados pelos turistas brasileiros, segundo afirmou o diretor de assuntos internacionais da Associação Brasileira de Agências de Viagem (Abav), Leonel Rossi Junior. Já para Bariloche, a doença afetou cerca de 30% dos pacotes previamente fechados.

"Cada pessoa que comprou pacote para esses destinos e quer fazer alguma alteração tem que procurar a agência e ver como o caso se ajusta. As agências devem resolver o caso do melhor modo para o cliente", afirmou Rossi, que também admitiu cancelamentos ou adiamentos de pacotes para o Chile - outro país onde o vírus Influenza A (H1N1) se espalha rapidamente.

De acordo com o artigo 6º do Código de Defesa do Consumidor, a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos são direitos básicos. Por isso, no entendimento do Procon-SP, os turistas que compraram pacotes para destinos afetados intensamente pela gripe suína e não desejarem se arriscar têm o direito de trocar o pacote ou passagem para outra data ou local, ou cancelar o contrato, com direito a restituição sem pagamento de multas.

No entanto, a Fundação Procon-SP não registrou aumento no número de queixas contra as agências de turismo, mesmo com o alto índice de cancelamentos e adiamentos. "Notificamos as companhias aéreas e elas já se posicionaram oficialmente confirmando rescisão de contratos sem a cobrança de multas ou mudando a data do voo sem a taxa de transferência. Com este tipo de postura, os litígios tendem a não crescer", explicou o diretor de atendimento do Procon-SP, Evandro Zuliani.

Na Argentina há cerca de 3 mil infectados pela influenza A, segundo dados oficiais, e o país é o segundo do mundo em quantidade de mortos pela nova gripe, só atrás dos Estados Unidos. O Ministério da Saúde brasileiro recomendou o adiamento de viagens para a Argentina e outros locais onde a transmissão do novo vírus é considerada sustentada.

Na alta temporada do inverno, a capacidade hoteleira de San Carlos de Bariloche, o maior centro de esqui da América Latina, está somente com 50% de ocupação, disse à Reuters o secretário de turismo da cidade, Daniel González. Segundo ele, dos 265 voos esperados do Brasil para Bariloche este ano, chegaram 145, acrescentou.

A expectativa do setor de turismo é que os brasileiros ainda demorem para voltar a escolher o país vizinho como destino para viagens. "As férias de julho já estão perdidas. Vai demorar alguns meses para voltar ao normal, como aconteceu com o México. A Organização Mundial da Saúde disse que não existe problema para pessoas viajarem", ressaltou Rossi.

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Fonte: Invertia Invertia
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