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Franquias no Nordeste crescem 2,5 vezes mais que no País

10 jan 2012 - 17h26
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Vai longe o tempo em que o Nordeste era sinônimo apenas de destino turístico. Dados da ABF (Associação Brasileira de Franchising) mostram que, nos últimos dois anos, o modelo de negócios de franquias teve um crescimento significativo na região. Os estados da Paraíba, Ceará e Alagoas foram os que mais impulsionaram essa tendência. Enquanto o segmento de franquias cresceu numericamente 12,9% entre 2009 e 2010 no País como um todo, no Nordeste o desempenho foi substancialmente maior: 32,7%. Na região, o número de franquias cresceu 2,5 vezes mais que a média nacional.

A rede de restaurantes fast food Griletto planeja inaugurar deve unidades novas no Nordeste este ano
A rede de restaurantes fast food Griletto planeja inaugurar deve unidades novas no Nordeste este ano
Foto: Divulgação


De olho no potencial do mercado regional, em novembro de 2011 a ABF realizou pela primeira vez uma feira de franchising fora da região Sudeste. O evento aconteceu em Recife, cidade que é hoje o maior polo nordestino de franqueadoras: conta com 28 redes. A capital pernambucana já é a sétima do ranking brasileiro em número de franquias.



O empreendedor que deseja expandir seu negócio para o Nordeste tem de estar atento a dois pontos fundamentais: logística e mix de produtos. "É preciso ter certeza de que os processos de distribuição longe da matriz não vão encarecer o produto final", afirma Ana Vecchi, sócia-diretora da consultoria Vecchi Ancona - especializada em franquias, varejo, indústria e serviços. Segundo ela, o primeiro passo é se estruturar para, então, partir para novos mercados. Com relação aos produtos, é importante observar as preferências locais e, se necessário, fazer adaptações nos artigos a serem comercializados na região.



"Os benefícios para uma marca que vai para o Nordeste são: reconhecimento, consolidação do produto - e, consequentemente, da empresa -, aumento do faturamento e a oportunidade de crescer com uma região que se desenvolve rapidamente", diz Ana.



Para ela, a expansão da classe média local e o aumento do consumo tornaram o Nordeste promissor para o franchising. "Antes, a franquia tinha espaço porque havia carência de produtos e serviços. Isso mudou, porque as pessoas cada vez mais podem, e querem, consumir", explica.



Como consequência da explosão do consumo, aumentou também o número de shopping centers na região - locais que oferecem grande visibilidade para franquias. Segundo estudo divulgado em dezembro pela Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping), 113 shoppings estão em construção no País. A previsão é de que eles estarão prontos até meados de 2014, sendo que o Nordeste detém o segundo lugar no ranking de regiões que sediarão esses empreendimentos.



Os segmentos que mais se destacam no aumento de franquias, de acordo com a ABF, são alimentação, saúde e beleza, educação e treinamento, negócios e serviços. Na região, também foram criadas 47 novas marcas de franquias - a maior parte delas em 2009 e 2010.



Griletto

A rede de restaurantes fast food especializada em grelhados e parmegianas, que tem previsão de faturamento de R$ 75 milhões para 2011, estima que ultrapassará a marca dos R$ 100 milhões em 2012. E o Nordeste, onde hoje a marca possui três unidades, é considerado prioridade.

"O setor de franchising tem se expandido além da média nessa região, o que reforça nosso interesse em investir na área. Além disso, levamos em conta o potencial de crescimento e de incremento da renda per capita da população nordestina nos próximos anos", afirma Ricardo José Alves, sócio-proprietário da Griletto. A projeção é de que serão abertas dez novas unidades este ano no Nordeste brasileiro.

Com relação ao aspecto operacional do negócio, Alves explica que uma das grandes preocupações da rede foi a logística. A equação se resolveu com a contratação de uma multinacional do setor de food service, que é responsável por toda a distribuição dos produtos.

"Agora, conseguimos garantir que os nossos produtos chegarão com a mesma qualidade em qualquer ponto de venda", afirma o empresário. Para se adaptar à cultura culinária regional, a marca hoje conta com a opção de feijão tropeiro em suas lojas.

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Fonte: Terra
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