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França prepara exames para detectar suberbactéria

17 ago 2010 - 14h16
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SÃO PAULO, 17 de agosto de 2010 - A França começará a examinar pacientes para identificar a presença da bactéria NDM-1, um patógeno resistente a antibióticos que tem se espalhado pela rede de saúde, informou uma organização de avaliação médica nesta terça-feira.Pacientes que foram tratados no exterior e transferidos para um hospital francês para tratamento complementar serão submetidos a exames para identificar a presença do germe, afirmou."As autoridades médicas francesas vão anunciar, em breve, que todos os pacientes que foram hospitalizados no exterior, independentemente do país, e repatriados para um hospital francês, serão examinados para detecção da bactéria NDM-1", disse Patrice Nordmann, professor do Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica (Inserm), especialista em resistência a antibióticos."Recomendações serão feitas no futuro próximo que irão delinear estas medidas", disse. Nordmann, consultor do Ministério da Saúde francês, disse que sua equipe já tinha desenvolvido um teste para detectar o germe NDM-1.Ele afirmou que a França tem uma prática amplamente estabelecida de testar pacientes em tratamento intensivo para cepas resistentes a antibióticos. Os pacientes com a bactéria são, então, isolados para evitar que infectem os demais.A superbactéria contém um gene enzimático denominado metalo-lactase 1 de Nova Délhi (NDM-1) que a torna impossível de tratar com quase todos os antibióticos, inclusive medicamentos conhecidos como carbapenemas, frequentemente usados como último recurso.O alerta foi emitido na semana passada pela revista britânica The Lancet Infectious Diseases. Segundo cientistas, eles já haviam identificado dezenas de casos entre britânicos que viajaram para o sul da Ásia para se submeter a tratamento médico.Os chamados turistas sanitários correm o risco de contrair infecções e desta forma a superbactéria se espalharia, alertaram.As entidades médicas indianas reagiram furiosamente ao estudo, acusando-o de tentar comprometer um negócio em rápida expansão.Pacientes do mundo desenvolvido têm viajado para a Índia para realizar de cirurgias plásticas a tratamentos de fertilidade ou operações de peito aberto que, em alguns casos, custam quase a metade do que seria cobrado nos países ocidentais.Na sexta-feira, autoridades de Bruxelas informaram que um homem belga se tornou a primeira morte conhecida provocada pela bactéria NDM-1. O homem, que não teve sua identidade divulgada, tinha sido hospitalizado no Paquistão para tratar um ferimento na perna causado por um acidente de carro, e morreu após ser repatriado a um hospital na Bélgica.(Redação com AFP - Agência IN)

Fonte: Invertia Invertia
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