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Forte concorrência deve prejudicar lucro da Nokia no 4º tri

19 jan 2011 - 10h57
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A Nokia deve reportar queda de lucro pelo terceiro trimestre consecutivo nos últimos três meses de 2010, enquanto enfrenta dificuldades para concorrer com os celulares inteligentes (smartphones) de ponta da Apple e Samsung Electronics, ao mesmo tempo em que perde participação no extremo mais barato do mercado.

Stephen Elop, que assumiu como presidente-executivo da Nokia em setembro, deve reportar queda de 24% no lucro por ação, no quarto trimestre, para 19 centavos de euro.

O mercado de celulares se recuperou da queda sofrida em 2009, quando a desaceleração na economia mundial atenuou a demanda pelos aparelhos mais recentes. Este ano, a demanda por smartphones como o iPhone 4 e o Samsung Galaxy S disparou.

A Apple anunciou na noite de terça-feira que vendeu 16,2 milhões de iPhones no quarto trimestre, 86% mais que no ano anterior e seu maior total de vendas trimestrais, e antecipava que a demanda continuaria forte.

"Outro trimestre espetacular para o iPhone é um claro sinal de demanda, mas a força da Apple claramente terá repercussões para outras empresas que estão lutando para ganhar força no segmento mais caro do mercado, que é extremamente competitivo e no qual existe excesso de oferta", disse o analista da CCS Insight, Geoff Blaber.

A Nokia não lança um smartphone de sucesso desde o N95, que chegou ao mercado em 2006, antes que a Apple começasse a oferecer celulares.

"O N95 foi um grande sucesso. Mas desde então eles vêm enfrentando dificuldades", disse o analista da Canacord, Michael Walkley. "O novo presidente-executivo está enfrentando desafios na ponta mais cara e na ponta mais barata do mercado. Nesta última, a pressão é muito forte", afirmou.

A fatia de mercado da Nokia na Índia se reduziu à metade, em prazo de alguns poucos trimestres. A empresa controla cerca de 30% desse vasto mercado, de acordo com o grupo de pesquisa Gartner, ante uma participação de mercado próxima dos 60% no ano anterior.

"Continuamos preocupados quanto a questões de participação no mercado de celulares baratos, devido a concorrência local em mercados emergentes como Índia, Oriente Médio e África," afirmaram os analistas do UBS em nota de pesquisa.

Fonte: Invertia Invertia
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