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FMI reduz expectativa de crescimento do Brasil para 1,3%

Entre os países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o Brasil só está melhor que a Rússia

24 jul 2014 - 16h40
(atualizado às 16h50)
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<p>A previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro foi reduzida de 1,9% para 1,3% em 2014</p>
A previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro foi reduzida de 1,9% para 1,3% em 2014
Foto: Paulo Whitaker / Reuters

O Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou nesta quinta-feira sua estimativa para o crescimento da economia global em 2014 para levar em consideração a fraqueza no início do ano nos Estados Unidos e na China, as duas maiores economias do mundo. A previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro foi reduzida de 1,9% para 1,3% em 2014, e de 2,6% para 2% em 2015 - uma redução de 0,6 ponto percentual nos dois anos.

Entre os países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o Brasil só está melhor que a Rússia, que tem projeção de apenas 0,2%, devido a sanções e outros impactos da crise da Ucrânia. De fato, entre os Brics, apenas a Índia escapou de ter suas estimativas reduzidas pelo FMI, com a confiança empresarial recuperando-se após as eleições no país.

"No Brasil, condições financeiras mais apertadas e contínua fraqueza na confiança empresarial e do consumidor estão segurando o investimento e pressionando o crescimento do consumo", informou o FMI. As projeções do governo brasileiro e do próprio BC são de crescimento de 1,8% e 1,6%, respectivamente. No ano passado, o PIB no País cresceu 2,5%.

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O FMI também alertou que apenas alguns dos fatores que motivaram a redução das projeções são temporários e afirmou que países mais ricos em particular enfrentam o risco de estagnação econômica a menos que façam mais para estimular o crescimento por meio de reformas mais profundas, como investimento em infraestrutura ou mudanças em leis tributárias.

Em atualização de seu relatório Perspectiva Econômica Global, o FMI informou que a economia global deve crescer 3,4% neste ano, 0,3 ponto percentual abaixo do previsto em abril. O crescimento deve então acelerar a 4% no ano seguinte, inalterado ante a estimativa anterior. Mas o FMI afirmou que uma robusta recuperação global da profunda crise financeira de 2007-09 ainda é incerta, e que riscos geopolíticos oriundos das crises no Oriente Médio e na Ucrânia podem golpear ainda mais o crescimento.

"Ímpeto de demanda robusto ainda não emergiu, apesar de taxas de juros muito baixas e do arrefecimento dos obstáculos à recuperação, incluindo consolidação fiscal ou condições financeiras apertadas", trouxe o FMI, acrescentando que todas as principais economias avançadas fariam bem em manter as taxas de juros baixas por enquanto. Bancos centrais nos EUA, Japão, zona do euro e Grã-Bretanha reduziram com força os juros para impulsionar o crescimento econômico e prometeram manter os níveis baixos por mais tempo para permitir que a recuperação seja sustentável.

Focos positivos na economia global, segundo o FMI, incluem a recuperação do crescimento no Japão, na Alemanha, na Espanha e no Reino Unido. Mas eles foram ofuscados pelo crescimento fraco nos EUA no primeiro semestre, além da desaceleração da demanda doméstica na China, cujo governo buscou reduzir a atividade de empréstimos e o mercado imobiliário esfriou.

Para essas projeções, o FMI calculou o crescimento do PIB usando novos parâmetros de paridade do poder de compra que foram divulgados neste ano, mostrando que a economia global cresceu de fato mais rapidamente nos últimos três anos do que o FMI havia previsto, especialmente nos mercados emergentes.

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