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FGC: quebra do PanAmericano prejudicaria economia do País

13 nov 2010 - 18h48
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Gabriel Jorge Ferreira, presidente do conselho do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), disse que uma eventual quebra do PanAmericano abalaria, em um primeiro momento, a estabilidade financeira do País. Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, Ferreira afirmou que se o banco tivesse problemas, empresas que tem seus recursos ligados a ele poderiam ficar sem capital e o Brasil passaria uma imagem de insegurança para o mercado internacional.

Gabriel Ferreira afirmou que o fundo não vai ajudar o Grupo Sílvio Santos a vender seus ativos, caso não consiga para o empréstimo feito com a instituição que protege correntistas e investidores. Ele disse que a soma dos ativos do grupo, segundo os balanços, são de R$ 2,7 bilhões, valor maior que a dívida assumida.

O caso

O Banco PanAmericano anunciou na última terça-feira que o Grupo Silvio Santos, seu controlador, iria aportar R$ 2,5 bilhões na instituição para restabelecer o equilíbrio patrimonial e a liquidez, após "inconsistências contábeis" apontadas pelo Banco Central. A autoridade monetária não forneceu detalhes, mas um processo administrativo de investigação vai apurar a origem e os responsáveis pelo problema de falta de fundos. A injeção de recursos no banco foi feita por meio do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que é uma entidade sem fins lucrativos que protege os correntistas, poupadores e investidores. São as instituições financeiras que contribuem com uma porcentagem dos depósitos para a manutenção do FGC - sem recursos públicos.

A holding do Grupo Silvio Santos colocou à disposição empresas como o SBT e a rede de lojas do Baú da Felicidade, entre outras, como garantia pelo empréstimo, que tem prazo de dez anos. Especializado em leasing e financiamento de carros, o PanAmericano teve 49% do capital votante vendido para a Caixa Econômica Federal em dezembro de 2009, por R$ 739,2 milhões. O presidente do BC, Henrique Meirelles, a presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Ramos Coelho, e as empresas de auditoria que não verificaram o rombo devem prestar esclarecimentos à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Com autorização do BC, as atividades das lojas e o atendimento ao público continuam sem problemas, segundo a instituição.

Fonte: Invertia Invertia
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