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Ferrari, Mercedes e R$ 300 mi estãoentre bens bloqueados da Bbom

11 jul 2013 - 14h18
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A Justiça Federal em Goiás acatou o pedido para bloqueio de bens das empresas Embrasystem (nomes fantasias BBOM e Unepxmil) e BBrasil Organizações e Métodos e de seus sócios, em ação na qual a empresa é acusada de praticar pirâmide financeira. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), entre os bens bloqueados estão cerca de cem veículos, sengo alguns de luxo como Ferrari, Lamborghini e Mercedes, além de R$ 300 milhões em contas bancárias do grupo.

O MPF ainda afirmou que o que chamou atenção no caso é que, antes da criação da Bbom, as empresas não movimentaram mais do que R$ 300 mil por ano e, "em pouco mais de seis meses, o fluxo financeiro do grupo aumentou cerca de 3.000%".

De acordo com o MPF, no caso da Bbom o produto que supostamente sustentaria o negócio é um rastreador de veículos. "Como em outros casos emblemáticos de pirâmide financeira, isso é apenas uma isca para recrutar novos associados", afirmou o comunicado do ministério.

A prática de pirâmide financeira é aquele na qual os participantes são remunerados apenas somente pela indicação de outros indivíduos, sem levar em consideração a real geração de vendas de produtos.

Segundo o MPF, no sistema adotado pela Bbom, "os interessados associavam-se mediante o pagamento de uma taxa de cadastro (R$ 60,00) e de um valor de adesão que variava dependendo do plano escolhido (bronze - R$ 600,00, prata - RS 1800, ou ouro - R$ 3.000,00), obrigando-se a atrair novos associados e a pagar uma taxa mensal obrigatória no valor de R$ 80,00 pelo prazo de 36 meses. O mecanismo de bonificação aos associados era calculado sobre as adesões de novos participantes. Quanto mais gente era trazida para a rede, maior era a premiação prometida".

"O negócio, porém, não se sustentava com venda do produto 'rastreador veicular', que, aliás, para ser comercializado, precisa de autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A agência informou, no processo, que não foi concedida nenhuma autorização para que as empresas condenadas trabalhassem com esse tipo de produto, já que esses rastreadores são considerados uma estação de telecomunicações e necessita de licenciamento pela Anatel", afirmou o comunicado do MPF.

O Ministério Público afirmou que o objetivo em bloquear as contas da empresa é evitar novas vítimas e, em relação aqueles que já estão no esquema, reaver o máximo possível do dinheiro investido.

Em contato com o Terra a empresa afirmou que "atua no mercado através de venda direta e do marketing multinível para comercializar diversos produtos, entre eles, rastreadores. Estes equipamentos são homologados pela Anatel, porém a licença é fornecida para a empresa que produz o equipamento e não para aquela que o distribui, que vem a ser o caso da BBom".

Além disso, a Bbom informou que "não recebemos nenhuma notificação ou intimação de qualquer autoridade pública nacional, porém nos colocamos à disposição de toda e qualquer autoridade que queira conhecer e compreender corretamente o modelo de negócios adotado pela BBom. Nossa equipe jurídica já se encontra em Goiânia para apresentar defesa e pedir a cassação da decisão de bloqueio das contas e bens da empresa".

Empresa alega comercializar rastreador
Empresa alega comercializar rastreador
Foto: Divulgação
Fonte: Terra
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