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Feriados em dias úteis geram prejuízos de R$ 92,7 bilhões

Estudo considera os 11 feriados nacionais de 2015

22 abr 2015 - 20h23
(atualizado às 20h24)
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Pesquisa divulgada nesta quarta-feira pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) revela que os 11 feriados nacionais em dias úteis provocarão no setor, em todo o País, um prejuízo médio de R$ 92,7 bilhões neste ano. Em relação ao ano passado, a perda é 11,4% maior.

No caso do Rio de Janeiro, que nesta semana tem um feriado nacional e outro estadual (21 e 23, respectivamente), o faturamento não realizado atingirá quase R$ 2,1 bilhões, segundo o gerente de Economia da Fecomércio-RJ, Christian Travassos.

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“São lojas fechadas e centros comerciais paralisados. Isso não ocorre todos os dias, mas há um menor movimento, por causa dos feriados, enforcamentos, “pontes” efetuadas por empresas ou planejamento do consumidor, que muda sua rotina em uma semana atípica, como a que estamos vivendo agora”, disse o economista.

<p>Movimento na Rua 25 de Março, no centro de São Paulo</p>
Movimento na Rua 25 de Março, no centro de São Paulo
Foto: Paulo Pinto / Fotos Públicas

No Estado do Rio de Janeiro, o prejuízo com os 14 feriados nacionais e estaduais em dias úteis alcançará R$ 14,6 bilhões, com aumento de 5,1% em comparação ao ano passado. Por dia fechado, a estimativa de perda do comércio fluminense chega a R$ 1,04 bilhão. De acordo com a Fecomércio-RJ, em 2014 o prejuízo do setor com 12 feriados nacionais e estaduais somou R$ 11,92 bilhões.

Para Travassos, em cidades com forte apelo turístico, como Armação de Búzios (Região dos Lagos), Paraty (Costa Verde) e Rio de Janeiro, o feriado é positivo para boa parte dos hotéis, bares e restaurantes. Segundo o ecomista, essas regiões têm estabelecimentos mais ligados ao dia a dia da população e também podem ser afetados pela redução do movimento do comércio. É o caso de farmácias e restaurantes que tenham convênios com empresas.

“Se a empresa não funciona em feriados, ela tem um baque grande no faturamento. Para funcionar, há um custo extra de pagamento aos funcionários. Então, além do movimento mais fraco, a maioria dos estabelecimentos tem um custo maior na folha por causa do feriado.”

Christian Travassos avaliou que a discussão é importante, porque o País vive atualmente um quadro de economia hesitante, com muitos segmentos com recuo de vendas na comparação interanual.

“Isso não joga a favor. É um cenário que precisa ser colocado à mesa, porque ainda teremos, na agenda fluminense, eventos como Rock in Rio e Olimpíadas. A rotina de feriados, pontos facultativos e 'pontes' não nos favorece", disse, acrescentando que, no momento em que o consumidor está mais seletivo, é preciso oxigenar a ponta da prestação de serviço e o comércio de bens.

A base da estimativa dos economistas da Fecomércio-RJ para os prejuízos do comércio nos feriados é a arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e do Imposto sobre Serviços (ISS), que incidem sobre a atividade. Eles projetam os números considerando as alíquotas médias. 

Agência Brasil Agência Brasil
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