EUA dizem que gastos contra crise não põem crédito em risco
Os Estados Unidos têm condições de gastar o necessário para restabelecer a saúde da economia sem colocar em risco seu perfil de crédito, afirmou uma porta-voz do Tesouro nesta sexta-feira. "O mercado de títulos do Tesouro continua o mais profundo e mais líquido do mundo", destacou Heather Wong em comunicado.
Mais cedo, o premiê chinês, Wen Jiabao, disse que Pequim esperava ver resultados do plano de recuperação econômica de Barack Obama, mas manifestou preocupação de que gastos maciços e juro perto de zero pudessem erodir o valor dos bônus detidos pela China.
"Para falar sinceramente, eu de fato tenho algumas preocupações", afirmou Wen. "Eu gostaria de pedir que a América mantenha suas condições de crédito, mantenha sua promessa e garanta a segurança dos ativos chineses."
O secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, está no sul da Inglaterra para um encontro de autoridades financeiras do G20. Os EUA defendem mais gastos e uma reforma regulatória do sistema financeiro para enfrentar a crise.
A China é o país que mais detém títulos da dívida pública americana e tem investido cerca de 70% de suas reservas internacionais em ativos em dólar.
A Casa Branca também procurou reassegurar a China de que "não há investimento mais seguro no mundo que nos Estados Unidos", afirmou o porta-voz Robert Gibbs.