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Entenda como a taxa Selic interfere no seu dia a dia

Para regular a inflação, o Banco Central determina a variação, que influencia diretamente os preços de mercado

31 out 2015 - 10h37
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Em 2015, ela virou destaque entre as notícias da área econômica, ainda que não seja exatamente por um bom motivo: em alta, a taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) preocupa o Governo Federal e a população, que sofre os seus efeitos no bolso.

Mas, afinal, você sabe por que ela é tão importante? Também conhecida como a taxa básica de juros do País, ela serve de referência para todas as outras, desde as utilizadas em empréstimos até em investimentos, como é o caso do Certificado de Depósito Bancário (CDB).

Alta da taxa pode favorecer investimentos financeiros
Alta da taxa pode favorecer investimentos financeiros
Foto: iStock, Getty Images

Como a Selic é definida

Depois de períodos de taxa Selic em baixa, entre 2009 e 2010 e depois em 2012 e 2013, a economia do País começou a mostrar os sinais de fraqueza que podemos perceber hoje, explica o economista Matheus Gonzalez. Além do baixo crescimento, a inflação cresceu e tornou o consumo mais caro.

Quando um cenário como esse aparece, o Banco Central entra em cena e, a partir da atuação do Comitê de Política Monetária (Copom), determina qual vai ser a meta da Selic. O objetivo é controlar a inflação e manter a instabilidade econômica longe. “A decisão do comitê é sempre baseada no cenário de inflação que estamos vivenciando. Em cenário de inflação elevado, a taxa Selic é elevada para ‘frear’ a economia, e em um cenário oposto, de baixa inflação, ela é reduzida, como forma de estimular a economia”, exemplifica o economista.

No momento econômico atual do Brasil, a estratégia do Copom é aumentar a meta da Selic. O resultado é a diminuição do poder de compra, que contém o excesso de demanda e evita uma pressão para que os preços subam ainda mais.

Sabe aquela sensação de ir ao mercado, gastar mais do que devia, mas sair com as sacolas quase vazias? É aqui que todo esse processo, que até então parece distante, afeta você.

Por outro lado, a medida também pode ser positiva. Tudo depende da sua estratégia no mercado financeiro. Com a taxa em alta, lembra Gonzalez, o Governo Federal também paga mais caro para financiar suas contas.

Como boa parte da dívida é sustentada pelos títulos públicos do Tesouro Direto, vendidos aos próprios brasileiros, outro efeito da Selic em alta é uma margem de lucro maior para quem investe.

4 dicas para driblar a alta dos juros

Com o poder de compra reduzido, o maior risco para o consumidor é acabar entrando para a lista de endividados. A saída é tomar alguns cuidados básicos e se prevenir:

1. Só busque empréstimos e soluções de crédito caso realmente não exista outra alternativa. Se for necessário, prefira opções com juros mais baixos, como o empréstimo consignado.

2. Anote os seus gastos e faça o controle permanente das finanças. Assim, fica mais fácil diminuir as despesas e manter o orçamento em equilíbrio.

3. Diminua os almoços e lanches fora de casa. Eles podem custar mais caro do que você imagina.

4. Acumule uma reserva de dinheiro para imprevistos, como desemprego ou problemas de saúde.

Vivo Mais Saudável Vivo Mais Saudável, informação que faz bem.
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