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Empresas de Eike puxam queda na Bovespa pelo 2º dia consecutivo

28 jun 2012 - 15h17
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O principal índice de ações brasileiras caiu ao menor nível em três semanas nesta quinta-feira, pressionado por outro tombo da petroleira OGX e pelo clima de maior aversão ao risco nos mercados externos. O Ibovespa recuou 0,86%, a 52.652 pontos, após desacelerar o ritmo de queda nos ajustes finais do pregão. Na mínima, o índice chegou a cair 1,58%, a 52.271 pontos. O giro financeiro do pregão foi de R$ 5,8 bilhões.

"As expectativas em relação ao que pode ser decidido na cúpula da União Europeia estão se desfazendo. Para piorar, internamente também temos eventos negativos, como OGX, e estimativas de piores resultados corporativos neste trimestre", disse o sócio da Principal Capital Management, Marcello Paixão.

Os líderes da zona do euro começaram nesta quinta-feira um encontro de dois dias para discutir maior união fiscal, financeira e política no bloco. Mas o mercado já se preparava para mais uma reunião sem grandes avanços no combate à crise da dívida.

Investidores também mostravam cautela com a situação dos bancos globais, segundo operadores, repercutindo a notícia do New York Times de que as perdas do JPMorgan com derivativos de crédito poderiam chegar a 9 bilhões de dólares, muito mais do que o estimado inicialmente.

Em Wall Street, o Dow Jones fechou em queda de 0,2%. Mais cedo, o principal índice de ações europeias registrou baixa de 0,5%.

Na bolsa paulista, as empresas do grupo 'X', do bilionário Eike Batista, mais uma vez lideraram as perdas do índice, com OGX desabando 19,2%, a R$ 5,05, seguida por MMX, que caiu 17,0%, a R$ 5, e por LLX, com queda de 8,07%, a R$ 2,05.

Nos dois últimos pregões, a ação da OGX derreteu quase 40 por cento, após a empresa de petróleo e gás divulgar na noite de terça-feira dados de produção muito abaixo do esperado pelo mercado, levando analistas a questionar as bases do programa de crescimento das empresas do grupo.

"O mercado se decepcionou (com OGX) e tem investidor grande que não quer mais ficar na empresa de jeito nenhum, o que leva a ainda mais ajustes no papel. Mas a ação deve encontrar um patamar mínimo de acomodação", afirmou Paixão.

Ainda entre as blue chips, a preferencial da Vale fechou em queda de 1,31%, a R$ 38,33. Já a da Petrobras teve alta de 0,34%, a R$ 17,70.

Dentre as principais altas do índice, Lojas Americanas subiu 2,55%, a R$ 12,45. Cemig ganhou 2,42%, a R$ 37,73. Fora do índice, Suzano caiu 6,14%, a R$ 3,82, após a precificação da oferta pública de ações na véspera, a R$ 4 cada papel.

Saiba mais

O mercado acompanha de perto o desempenho do Ibovespa porque este é o mais importante indicador do desempenho médio das cotações do mercado de ações brasileiro. O índice retrata o comportamento dos principais papéis negociados na bolsa. A pontuação do Ibovespa aumenta na medida em que sobe o valor das ações.

Com informações da Reuters

Fonte: Terra
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