Em desaceleração, Dilma diz que País não deve ser medido pelo PIB
A presidente Dilma Rousseff minimizou nesta quinta-feira o baixo desempenho do Produto Interno Bruto (PIB). Para a presidente, uma grande nação não deve ser medida pela soma das riquezas do país. Nas próxima semanas, serão divulgados números do crescimento da economia brasileira no segundo trimestre do ano. Entre janeiro e março, o crescimento foi de apenas 0,2%.
"Uma grande nação deve ser medida por aquilo que faz a uma criança e a um adolescente. Não é o Produto Interno Bruto, mas a capacidade do país, do governo e da sociedade de proteger o que é o seu presente e o seu futuro", disse a presidente durante a abertura da Conferência Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente. Nas audiências que não compõem o setor produtivo, Dilma costuma exaltar as políticas sociais.
Ontem, o Comitê de Política Monetária reduziu 0,5 ponto percentual a taxa básica de juros como mais uma medida de estímulo à economia brasileira frente aos temores da crise europeia.
A presidente disse ainda ter "orgulho" de ter feito parte do governo do seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, que instituiu o programa de transferência de renda Bolsa Família. Dilma citou ainda seus programas sociais, como a política de creches dentro do programa Brasil Carinhoso.
Dilma aproveitou o discurso para elencar as políticas sociais e educacionais do governo, sem fazer anúncios novos, mas apenas listando os programas que têm algum contato com o público jovem. Ela mencionou, por exemplo, os programas educacionais, política de combate ao crack e chegou a garantir escolas de turno integral.
A presença da presidente era esperada na abertura da conferência no fim da tarde de ontem, mas se ausentou por realizar uma grande reunião com o setor energético no Palácio do Planalto. Segundo a Secretaria de Direitos Humanos, a conferência deverá debater a implementação de políticas públicas.
