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Educação financeira para crianças "engatinha" no Brasil

Ensinar o jovem desde cedo a utilizar o dinheiro de maneira responsável é a melhor opção para o Brasil não ter mais uma geração de endividados

11 mai 2014 - 08h02
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O ideal é que uma criança de três anos já tenha algum contato com dinheiro
Foto: Thinkstock / Getty Images

Com 62% das famílias com algum tipo de dívida, segundo pesquisa divulgada na última semana, ensinar o jovem desde cedo a utilizar o dinheiro de maneira responsável é a melhor opção para o Brasil não ter mais uma geração de endividados, dizem especialistas.

Ignorada nos currículos escolares tradicionais, a educação financeira começa a "engatinhar" dentro das escolas do País. Na última semana, o Ministério da Educação anunciou o projeto Educação Financeira nas Escolas, que deve atingir 2.962 escolas públicas de ensino médio até o final de 2015. 

“A educação financeira é imprescindível para construirmos um país mais realizador de sonhos”, diz Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) e da rede de ensino DSOP Educação Financeira. “Não é finanças, nem exatamente apenas poupar. É mais do que cálculos e matemática, é sobre hábitos, costumes e comportamentos.”

Segundo Domingos, o ideal é que uma criança de três anos já tenha algum contato com dinheiro. “Conforme cresce, a criança precisa entender que o dinheiro é um meio de realizar sonhos”, afirma.  Paralelamente às iniciativas públicas, projetos privados têm se destacado em levar o ensino sobre educação financeira até os jovens. Criada em 2008, a rede DSOP, com 39 franquias espalhadas por quase todo o País, já lecionou para mais de 500 mil alunos.  

No ano passado, a Allianz Seguros trouxe ao Brasil um projeto desenvolvido na Alemanha. Aplicado em dez escolas de São Paulo, entre públicas e privadas, o My Finance Coach (Meu Treinador de Finanças, em tradução livre) atingiu 2.600 jovens de 10 a 14 anos. O projeto também é aplicado na Argentina, Indonésia, Malásia, Irlanda, Polônia, Inglaterra e Tailândia, além da Alemanha, e foi premiado pela Unesco (braço das Organizações das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) em 2012.

“O foco são aulas práticas, e apresentamos aos alunos temas como a compra de um plano de celular”, diz Ingo Dietz, diretor de Relações Institucionais da Allianz Seguros. Segundo ele, o projeto deve se expandir para os Estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais em breve.

“As aulas eram com dois professores que ensinavam como administrar o dinheiro e fazer compras”, explica Lucas Novaes, 12 anos, aluno do 6º ano da Escola Estadual Revendo Almir Pereira Bahia, que fica em Taboão da Serra (SP) e participou do projeto da seguradora. “A turma nunca tinha tido uma aula assim e todos gostaram muito”, comenta. O coordenador da escola, José Alexandre Costa, afirma que os alunos se surpreenderam com os temas e os pais aprovaram a iniciativa.

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Fonte: Terra
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