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Economist: toda infraestrutura do Brasil é velha ao extremo

26 set 2013 - 17h26
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A revista The Economist publicou um especial sobre o Brasil e criticou a infraestrutura do País. A publicação destacou que o The World Economic Forum (Fórum Econômico Mundial, em tradução livre) classifica a infraestrutura do País na posição 114 entre 148 países. O principal ponto levantado pela revista é o alto custo para o transporte de produtos agrícolas.

A publicação destacou que observar o transporte entre fazendas brasileiras significa voltar no tempo, afirmando que a maioria dos produtos são transportados por caminhões e chegam a viajar cerca de 2 mil quilômetros em estradas estreitas e esburacadas até chegar no porto de Santos.

A revista afirma que no século XIX e início do século XX essas estradas eram utilizadas para transportar trabalhadores para o cultivo de café no País, mas que agora elas estão sobrecarregadas. "Graças a uma safra recorde este ano, o Brasil se tornou o maior produtor de soja do mundo, ultrapassando os Estados Unidos. Com isso, a fila de caminhões aguardando para entrar em Santos ultrapassa 40 quilômetros", diz.

De acordo com a The Economist, a falta de ferrovias e transporte hidrovias fazem o custo dos produtores aumentar muito. O custo do transporte nas estradas deixa o produto duas vezes mais caro que em ferrovias e quatro vezes mais caro que em hidrovias, diz a revista.

"Agricultores brasileiros pagam 25% ou mais do valor da soja para leva-la aos portos, sendo que os concorrentes de Iowa (Estados Unidos), pagam apenas 9%", destaca a publicação. Os atrasos causados pela infraestrutura falha também traz prejuízos aos produtores. "Em março, o maior grupo de soja da China cancelou uma encomenda de 2 milhões de toneladas de soja brasileira após sucessivos atrasos" diz a revista.

Revista publicou um especial sobre a situação do Brasil
Revista publicou um especial sobre a situação do Brasil
Foto: Reprodução
Fonte: Terra
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