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Economia dos EUA cresce no menor ritmo desde 2012

Economia americana mostra estagnação no 1º trimestre

30 abr 2014 - 10h08
(atualizado às 11h14)
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A economia dos Estados Unidos quase não cresceu no primeiro trimestre, uma vez que as exportações caíram e as empresas acumularam estoques no ritmo mais lento em quase um ano, mas a atividade já parece estar se recuperando.

O Produto Interno Bruto cresceu a uma taxa anual de 0,1% nos três primeiros meses do ano, o ritmo mais fraco desde o quarto trimestre de 2012, informou o Departamento do Comércio nesta quarta-feira. Isso representou uma forte desaceleração ante o ritmo de 2,6% registrado no quarto trimestre de 2013.

Economistas consultados pela Reuters esperavam que o crescimento desacelerasse para uma taxa de 1,2%. O enfraquecimento refletiu em parte um inverno atipicamente frio e severo, marcado por quedas em setores desde gastos de empresas à construção de moradias.

A primeira estimativa de crescimento no primeiro trimestre do Departamento de Comércio foi divulgada apenas horas antes do Federal Reserve, o banco central dos EUA, concluir sua reunião de política de dois dias.

Embora o clima severo possa explicar parcialmente a fraqueza no crescimento, a magnitude da desaceleração pode complicar a mensagem do banco central, uma vez que o FED deve anunciar mais uma redução na quantidade de dinheiro que está injetando na economia através de compras mensais de títulos.

A desaceleração no primeiro trimestre, no entanto, deve ser temporária, e dados recentes indicaram força no final do trimestre. "Essa fraqueza não deve avançar para o segundo trimestre", disse o economista sênior do PNC Financial Services Gus Faucher.

Economistas projetam que o clima severo pode ter tirado até 1,4 ponto percentual do crescimento do PIB. O governo, no entanto, não deu detalhes sobre o impacto do clima.

Estoques

Após uma reestocagem agressiva no segundo semestre de 2013, as empresas acumularam US$ 87,4 bilhões em estoques no primeiro trimestre, o menor volume desde o segundo trimestre do ano passado.

Isso representou uma moderação ante os US$ 111,7 bilhões acumulados no quarto trimestre do ano passado. A desaceleração no reabastecimento de estoques subtraiu 0,57 ponto percentual do crescimento do PIB no primeiro trimestre.

O comércio também minou o crescimento, retirando 0,83 ponto percentual, em parte por causa do clima, que deixou produtos se acumulando em portos. As exportações caíram 7,6% no primeiro trimestre, maior queda em cinco anos, após crescerem 9,5% nos últimos três meses de 2013.

Juntos, o comércio e os estoques tiraram 1,4 ponto percentual do crescimento do PIB. Uma medida de demanda doméstica que elimina exportações e estoques expandiu a uma taxa de 1,5%.

Os gastos de consumidores, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos Estados Unidos, cresceram a uma taxa de 3,0 por cento, refletindo uma disparada nos gastos com serviços ligados À demanda por aquecimento durante o inverno e ao decreto de saúde que expandiu a cobertura para muitos norte-americanos.

Os gastos com serviços cresceram no ritmo mais rápido desde o segundo trimestre de 2000. Entretanto, os gastos com bens tiveram forte desacelaração, indicando que as temperaturas frias reduziram as vistas a shoppings. Os gastos de consumidores haviam crescido 3,3 por cento no quarto trimestre.

O clima severo também limitou o gasto de empresas com equipamentos. Embora investimentos em estruturas não residenciais, como perfuração de gás, tenham se recuperado, o crescimento foi pequeno. Os gastos das empresas com equipamentos caíram no ritmo mais forte em quase cinco anos.

O investimento em construção de moradias contraiu pelo segundo trimestre, em parte por causa do clima. Um aumento nas taxas hipotecárias durante o ano passado também pesou.

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