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Economia do Brasil deve encolher 1,5% neste ano, diz Cepal

Comissão Econômica para a América Latina reduziu a previsão de crescimento da região para 0,5%

29 jul 2015 - 13h12
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PIBs do Brasil e da Venezuela devem ter as maiores quedas neste ano na América Latina, segundo a Cepal
PIBs do Brasil e da Venezuela devem ter as maiores quedas neste ano na América Latina, segundo a Cepal
Foto: Thinkstock

Após revisar suas previsões em abril, a Comissão Econômica para a América Latina (Cepal) rebaixou novamente nesta quarta-feira (29) a estimativa do crescimento econômico para a região. Agora, o Produto Interno Bruto (PIB) deve ficar em 0,5%, contra o 1% previsto há três meses e os 2,2% previstos no final do ano passado.

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O relatório divulgado nesta quarta-feira em Santiago, no Chile, mostra que a economia da América do Sul deve ter retração de 0,4% enquanto a América Central e o México crescerão 2,8% e os países caribenhos terão alta de 1,7%. Por nações, Brasil e Venezuela são os responsáveis pelas maiores quedas, de 1,5% e 5,5%, respectivamente. Na outra ponta, Panamá (6%), Antígua e Barbuda (5,4%), República Dominicana (4,8%) e Nicarágua (4,8%) terão as maiores altas.

Para a Cepal, a revisão para baixo do índice ocorre por "fenômeno generalizado de desaceleração" e é atingida tanto por fatores externos - como a crise chinesa - como por internos - como a queda no consumo das famílias.

"Voltar a dinamizar o crescimento no curto e no longo prazo requer aumentar o investimento público e privado em tempos complexos. Isso pode ser realizado com regras fiscais que protejam os investimentos, recorrendo às parcerias público-privadas e às novas fontes de financiamento, como o banco dos Brics", destacou a secretária-executiva da Cepal, Alicia Bárbacena.

Com a baixa previsão de crescimento, o documento apresentado pela Comissão mostra que os empregos serão fortemente afetados.

O cálculo da entidade é de que a taxa de desemprego fique em 6,5% da população contra os 6% do ano passado.

O órgão ainda cobra dos países latino-americanos mais investimentos nas pequenas e médias empresas e que elas tenham mais facilidade para conseguir os financiamentos para melhorar sua produção. De acordo com o relatório, também é preciso dar uma melhor "orientação" aos sistemas financeiros para ajudar o setor produtivo em longo prazo.

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Fonte: ANSA Brasil
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