Estudo traz perfil dos consumidores online de 60 países
Se você costuma fazer compras via internet, são grandes as chances de já ter adquirido livros, artigos esportivos, ingressos para cinema, shows ou até mesmo brinquedos. Isso porque a chamada “intenção de compra” desses produtos no mundo dobrou desde 2011, de acordo com a última Pesquisa Global de E-commerce realizada pela Nielsen, em agosto, e que entrevistou 30 mil usuários da web de 60 países para definir perfil e comportamento dos consumidores que fazem compras em lojas virtuais.
O estudo também revelou que quase a metade dos entrevistados tem intenção de fazer uma compra online nos próximos seis meses, em categorias como roupas (46%), companhia aérea (48%) e hotéis (44%). “Consumidores em todos os lugares querem um bom produto a um bom preço, e as opções aparentemente ilimitadas disponíveis em um ambiente virtual proporcionam novas oportunidades para comerciantes e consumidores”, disse John Burbank, presidente de Iniciativas Estratégicas da Nielsen.
Quando se trata de roupas, livros e viagens, a relação entre as pessoas que fazem buscas e as que compram online é praticamente um para um. No entanto, essa relação muda bastante quando falamos em equipamentos eletrônicos (43% buscam, mas 34% compram); celulares (40% buscam, mas 33% compram); computadores (38% buscam, mas 30% compram) e carros (28% buscam, mas 17% compram), uma vez que todos eles apresentam altos preços e, normalmente, requerem que você faça um teste antes da aquisição.
Latinos navegam, asiáticos compram
A busca por produtos em lojas virtuais é maior em países emergentes na América Latina e na região da Ásia-Pacífico. Ambas as regiões ultrapassam a média global de busca nas 22 categorias de produtos inclusas na pesquisa. Mas a taxa de conversão daqueles que buscam e compram mostra que os asiáticos são os que mais efetuam a compra, enquanto os latinos ficam apenas na navegação, isto é, efetuam menos aquisições.
“Os latino-americanos são compradores entusiasmados, mas a infraestrutura de varejo online ainda apresenta muitas barreiras por conta do acesso precário à internet, impostos e taxas e até problemas de logística”, concluiu Burbank.
Nos Estados Unidos e Europa, os consumidores veem as opções de compra proliferar no varejo online, enquanto empreendedores enxergam o canal como mais uma forma de conseguir cotas no mercado. No Oriente Médio e África, onde a renda disponível é baixa e as compras de primeira necessidade são a prioridade, os percentuais de compra online ainda são baixos (com variações entre 11% e 39%).