PUBLICIDADE

Dólar sobe, vai a R$2,51 e fecha na máxima desde 2005

Logo após o fechamento, pesquisas do Datafolha e do Ibope confirmaram as expectativas dos investidores e mostraram Dilma na liderança contra o tucano

23 out 2014 - 17h42
Compartilhar
Exibir comentários
<p>Mercado n&atilde;o sabe para onde atirar agora nesses &uacute;ltimos dias antes das elei&ccedil;&otilde;es</p>
Mercado não sabe para onde atirar agora nesses últimos dias antes das eleições
Foto: Getty Images

O dólar subiu mais de 1% nesta quinta-feira, foi a R$ 2,51 e fechou na máxima desde abril de 2005, em meio a expectativas de que Dilma Rousseff (PT) poderia aparecer à frente de Aécio Neves (PSDB) nas próximas pesquisas eleitorais, a poucos dias do segundo turno da disputa à Presidência.

A moeda norte-americana subiu 1,35%, a R$ 2,51 na venda, maior nível de fechamento desde 29 de abril de 2005, quando ficou em R$ 2,52. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro do mercado à vista ficou em torno de US$ 1,8 bilhão.

Logo após o fechamento, pesquisas do Datafolha e do Ibope confirmaram as expectativas dos investidores e mostraram Dilma na liderança contra o tucano, fora da margem de erro.

"O mercado não sabe para onde atirar agora nesses últimos dias antes das eleições", disse o operador de câmbio da corretora Intercam Glauber Romano.

Nas pesquisas anteriores de intenção de voto, a presidente Dilma Rousseff (PT) vinha aparecendo com liderança numérica, mas em empate técnico, contra Aécio Neves (PSDB), preferido nas mesas financeiras por prometer uma política econômica mais ortodoxa.

Neste pregão, segundo operadores, circularam rumores de que Dilma teria aumentado sua vantagem sobre o tucano, saindo da margem de erro. Durante a tarde, nota publicada na página do Radar on-line da Revista Veja endossou os boatos, afirmando que a pesquisa Ibope mostrará Dilma na dianteira e fora da margem de erro.

As especulações aumentaram o volume de negócios num mercado que tem sofrido com pouca liquidez nas últimas sessões, em meio à cautela eleitoral. Neste pregão, foram negociados 390 mil contratos de dólar para o mês seguinte, acima da média de outubro. Em comparação, nesta semana até quarta-feira a média diária havia ficado em cerca de 270 mil contratos.

"Parece que o mercado está alternando entre o modo de 'especulação', quando o mercado enche, e o modo de 'prudência', quando o mercado esvazia", resumiu o operador de câmbio da corretora B&T, Marcos Trabbold.

Analistas vêm apontando que o dólar tem enfrentado dificuldade para se sustentar em níveis acima de R$ 2,50, patamar considerado mais alinhado às condições atuais das economias internacional e doméstica.

Nesta manhã, o Banco Central vendeu a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, pelas atuações diárias. Foram vendidos 300 contratos para 1º de junho e 3,7 mil para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a US$ 196,5 milhões.

O BC também vendeu a oferta total de até 8 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 3 de novembro. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 76% do lote total, equivalente a US$ 8,84 bilhões.

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Publicidade